O prazer e o perigo de gastar: você é viciado em compras?

O ato de comprar nem sempre é sinónimo de prazer, entenda quando ir às compras pode ser um problema

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Lifestyle Mentes perigosas 07/08/18 POR Notícias Ao Minuto

Comprar tem um efeito tangível no cérebro, promovendo a libertação do químico dopamina quando antecipamos uma nova aquisição.

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O prazer que advém de ir às compras resulta na subida dos níveis de dopamina, também conhecido por ser o neurotransmissor do prazer e por promover a sensação de bem estar e de felicidade. Esse aumento é ainda mais intenso quando surge um bônus inesperado – como descobrir que o produto está com desconto ou que a loja onde quer ir está com promoções.

Mesmo antes do ato físico de comprar, apenas ao pensarmos nessa possibilidade, a mente humana já está predisposta a levar adiante essa ação prazerosa. Por isso, não é nenhuma surpresa que uma parte dessas compras não seja realmente necessária. 

Num estudo realizado em 2007, uma equipe de neurocientistas apurou que, quando estamos perante uma variedade de produtos, o núcleo acumbente (o centro de prazer do cérebro) torna-se imediatamente mais ativo.

Na pesquisa em questão, quando os produtos estavam marcados com preços, o cortex pré-frontal e a ínsula dos participantes ficavam logo em estado de alerta. Estas são as áreas da mente associadas às funções executivas (tomada de decisões) e de processamento da dor, respectivamente.

Nesse momento, os indivíduos envolvidos na pesquisa calcularam mentalmente se podiam adquirir o que pretendiam, tomando decisões de compra a antecipando a dor de gastar o dinheiro ganho arduamente.

O que acontece é que quando a intensidade da atividade no centro de prazer do cérebro suplanta a  que ocorre na ínsula, onde se processa a dor, então a pessoa em questão está mais propensa a fazer ‘aquela compra’.

De acordo com os investigadores, os indivíduos gostam de comprar precisamente por causa dessa atividade cerebral intensa que ocorre no núcleo acumbente. Porém, a tão desejada sensação de adrenalina e prazer é normalmente controlada por considerações ponderadas de moderação de gastos. Ainda assim, quando este processo se desequilibra, muitos indivíduos tornam-se viciados no ato de comprar e no prazer de gastar por gastar.

O vicio é clinicamente denominado por oniomania ou por transtorno compulsivo por compras. 

Estima-se que a condição afete entre oito a 16% da população e pode nos casos mais extremos provocar danos semelhantes a vícios como os do jogo ou de dependência de substâncias. Prejudicando e causando danos por vezes irreparáveis em relações profissionais, familiares e românticas.

O vicio em compras está estritamente relacionado com outras condições psiquiátricas, tais como o transtorno obsessivo compulsivo, depressão e doença bipolar.

Contrariamente, a quem é mais consumista e ocasionalmente gasta acima dos seus meios, mas que regra geral se consegue controlar, os indivíduos que sofrem de oniomania sentem-se completa e totalmente dominados pela compulsão de gastar dinheiro.

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