Após alta, inflação desacelera para 0,33% em julho

Embora a paralisação dos caminhoneiros, ocorrida em maio, tenha pressionado a inflação de junho, os efeitos perdem força

© Reuters

Economia IPCA 08/08/18 POR Folhapress

Depois de alta, devido aos efeitos da paralisação dos caminhoneiros, a inflação desacelerou em julho e chegou a 0,33%, informou o IBGE, neste quarta-feira (8). No acumulado de 12 meses, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 4,48%, acima dos 4,39% dos 12 meses anteriores.

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Já em relação ao período de 2018, o acumulado teve alta de 2,94%, acima do 1,43% registrado no mesmo período no ano passado.

Embora a paralisação dos caminhoneiros, ocorrida em maio, tenha pressionado a inflação de junho, os efeitos perdem força. Economistas e analistas de mercado revisaram para cima as projeções para a inflação oficial, medida pela IPCA, mas parecem ter parado neste primeiro movimento.

Os economistas chegaram a prever alta da inflação entre 3,4 e 3,5% em 2018 um pouco antes dos protestos, passaram para 4,2% e agora estão em 4,1%.

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Daqui para frente, no entanto, os riscos se dividem, tanto na direção de uma inflação mais contida, influenciada pela lenta recuperação econômica, quanto de uma inflação acima do esperado, em razão de deterioração do cenário devido às eleições.

Do lado de uma menor pressão inflacionária, o Bradesco destaca, em relatório, a inflação corrente sob controle, a leve apreciação do real e o alívio nos preços do petróleo. Do lado menos favorável, a equipe indica riscos de alta nos preços do frete, o cenário de chuvas e a pressão de repasse de custos vinda dos preços de atacado.

A MCM Consultores ressalta que o nível ainda elevado de ociosidade da produção das empresas pode pesar numa inflação mais baixa do que o esperado para este ano. Por outro lado, a consultoria lembra que, na ata do Comitê de Política Monetária (documento em que o Banco Central explica a decisão de manter o juro básico em 6,5%), o BC indicou que eventual frustração com as reformas e da deterioração do cenário externo para economias emergentes, "permanecem em níveis mais elevados", além de ter apontado uma preocupação com a continuidade da agenda de reformas.

"O Copom parece estar mais inseguro em relação às projeções de inflação, reconhecendo que as chances de desvios em relação às metas aumentaram, e nas duas direções", diz a MCM.

Para a consultoria, após a eleição, as perspectivas para a inflação e para a taxa Selic ficarão mais nítidas. Com informações da Folhapres.

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