Arqueólogos descobrem cemitério medieval em área turística de Lisboa

Ao que tudo indica, os lisboetas centenários eram pessoas pobres, uma vez que os corpos foram sepultados diretamente no solo ou envoltos em mortalha

© Câmara Municipal de Lisboa

Mundo Escavação 09/08/18 POR GIULIANA MIRANDA, para Folhapress

GIULIANA MIRANDA - Um cemitério medieval com cerca de 600 anos foi encontrado em pleno coração de Lisboa, próximo à região do Martim Moniz, uma das mais frequentadas por turistas na capital de Portugal. 

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A descoberta foi feita por arqueólogos durante o processo de instalação de pontos para coleta para lixo reciclável. 

Os cientistas já localizaram 20 corpos -19 adultos e apenas uma criança. Eles acreditam que possa haver mais cadáveres nas camadas de terra mais abaixo. 

Ao que tudo indica, os lisboetas centenários eram pessoas pobres, uma vez que os corpos foram sepultados diretamente no solo ou envoltos em mortalha. 

"É um cemitério de gente simples", diz Vasco Vieira, arqueólogo que dirige a escavação, em declarações ao site da Câmara Municipal de Lisboa. 

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Um dos indícios para da falta de posses dos mortos ali enterrados é a ausência de moedas. 

Apenas um dos corpos trazia consigo uma moeda na mão: uma prática bastante comum nos tempos medievais, quando se acreditava ser necessário "pagar a viagem" para o outro mundo. 

De acordo com os pesquisadores, o cemitério era tipicamente cristão, com os corpos enterrados seguindo os rituais funerários da época: a cabeça voltada para o Oeste (poente) e os pés, para Leste (nascente). 

Segundo a antropóloga Sónia Ferro, que faz parte da equipe de escavações, esse jeito particular de dispor os cadáveres tinha a ver com a crença de que os mortos iriam se levantar e olhar para o juízo final. 

"É tudo muito protopático, simbólico", resume. 

ATRAÇÃO 

Mesmo cercada por grades, a escavação arqueológica é facilmente visível para os pedestres, o que tem atraído uma legião de curiosos para as imediações. Turistas e moradores têm enchido os pesquisadores de perguntas e tirado muitas fotos. 

A ideia é "permitir que as pessoas participem", diz o arqueólogo que chefia os trabalhos. 

Nos próximos três anos, os corpos ficaram sob responsabilidade da empresa que retirou o material, para serem estudados. Após esse período, eles seguirão para o Centro de Arqueologia de Lisboa. Com informações da Folhapress. 

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