Turquia taxa EUA e volta a azedar mercado

Mas Erdogan tenta dar à disputa um tom de luta pela soberania

© Umit Bektas/Reuters

Economia MERCADO FINANCEIRO 16/08/18 POR Folhapress

Um novo episódio da disputa política e comercial entre Turquia e Estados Unidos mergulhou os principais mercados em mais um dia de perdas.

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Nesta quarta-feira (15), o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, anunciou a imposição de tarifas sobre alguns produtos americanos, em retaliação a sanções recentes adotadas pelo governo de Donald Trump.

Na sexta, o republicano anunciou que dobraria as tarifas sobre aço e alumínio importado da Turquia.

A retaliação turca é vista como simbólica, porque os valores são baixos se comparados à guerra comercial que opõe EUA e China. Mas Erdogan tenta dar à disputa um tom de luta pela soberania.

A medida voltou a azedar o humor dos investidores.

Bolsas globais reagiram ao aumento da aversão a risco e fecharam em baixa. O Ibovespa, principal índice brasileiro, recuou 1,94%, para 77.077,99 pontos. Os indicadores americanos Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq caíram, respectivamente, 0,54%, 0,76% e 1,23%.

Das 24 moedas emergentes, 18 perderam força em relação à divisa americana. No Brasil, o dólar fechou em alta de 0,87%, para R$ 3,901.

"A imposição de tarifas comerciais não traz vantagem a ninguém, não é positivo para o sentimento ou a tomada de risco em emergentes", diz Alberto Ramos, economista-chefe para América Latina do Goldman Sachs.

Após cair mais de 8% na segunda (13), a lira turca conseguiu emendar mais um dia de alta e subiu 6%. No ano, a moeda ainda perde 36%. O movimento de recuperação isolado reflete em parte as medidas de liquidez anunciadas pelo banco central turco.

"A Turquia está nessa situação porque, além das tarifas americanas, tem baixas reservas internacionais, inflação alta, déficit em conta corrente de 5% do PIB [Produto Interno Bruto]. Já estava vulnerável, e as sanções do Trump foram o gatilho para agravar a crise", afirma Ramos.

O economista avalia que o Brasil não está imune, mas tem mais resiliência em contas externas do que outros emergentes como a Argentina e África do Sul.

William Jackson, economista para mercados emergentes da Capital Economics, vê a piora do sentimento dos investidores como o pior impacto para o Brasil. Para a Turquia, as perspectivas não são boas.

"Os custos de empréstimos subiram bastante, vamos ver uma inflação de 20% [hoje está em 16%] e provavelmente a economia em recessão nos próximos trimestres", afirma. Com informações da Folhapress. 

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