Erdogan diz que Turquia 'não se entregará' aos Estados Unidos

O Presidente da Turquia disse que Ancara não irá ceder perante os Estados Unidos, continuando o impasse com Washington, que precipitou o colapso da lira turca nos últimos dias

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Mundo Lira turca 18/08/18 POR Lusa

"Nós não vamos ceder àqueles que se apresentam como nossos parceiros estratégicos, já que se esforçam para nos tornar num alvo estratégico", afirmou Erdogan durante o congresso do seu partido, o islâmico-conservador AKP, em Ancara, neste sábado (18).

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"Certas pessoas acham que nos podem ameaçar com a economia, as sanções, as taxas de câmbio, as taxas de juro e a inflação", declarou durante o congresso, que tem como objetivo renovar as fileiras do AKP.

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Estas declarações acontecem no momento em que os Estados Unidos e a Turquia, aliada no seio da OTAN, atravessam uma crise diplomática, particularmente relacionada com o caso do pastor norte-americano Andrew Brunson, preso em 2016 acusado de terrorismo e espionagem.

Os Estados Unidos exigem a sua libertação à Turquia, que acusa Brunson de ligações com o religioso Fethullah Güllen, acusado de ser o mentor do golpe de estado falhado de julho de 2016.

A crise iniciou-se quando Washington impôs, no início de agosto, sanções sem precedentes contra dois ministros turcos.

Ancara reagiu às sanções e começou uma escalada da tensão entre os dois países, que acabou por provocar a queda a lira turca na semana passada.

A lira turca, que perdeu quase 40% do seu valor desde o início do ano, recuou na sexta-feira após Washington ameaçar impor a Ancara novas sanções.

Além das tensões com os Estados Unidos, a lira turca foi enfraquecida pela crescente influência do Presidente turco sobre a economia e a sua recusa, segundo observadores, em permitir que o Banco Central elevasse as taxas de juro.

Hoje, no congresso do AKP, Erdogan disse que a Turquia "continuará e expandirá" as suas operações militares transfronteiriças.

Ancara tem enviado, nos dois últimos anos, militares para o norte da Síria para conter a expansão das Unidades de Proteção ao Povo (YPG), uma milícia curda apoiada por Washington contra os 'jihadistas'.

O exército turco também aumentou, nos últimos meses, os ataques contra as bases do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) no norte do Iraque. Ancara anunciou, na quarta-feira, que matou um quadro dessa organização na região noroeste de Sinjar, no Iraque. Com informações da Lusa.

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