Dior coreografa estudo sobre o corpo em desfile na semana de Paris

O cenário, de ambiente esfumaçado, era escuro, como se a grife quisesse discorrer sobre o encontro íntimo do homem e o entorno bucólico

© REUTERS / Gonzalo Fuentes 

Lifestyle MODA 24/09/18 POR Folhapress

Longe do ruidoso centro de Paris, onde a moda começa a se aglomerar a partir desta segunda (24) para a temporada francesa de verão 2019, a Christian Dior levou os fashionistas para o meio de um bosque no qual, dentro de uma imensa caixa branca montada no hipódromo, poderia dançar sem ser interrompida.

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O cenário, de ambiente esfumaçado, era escuro, como se a grife quisesse discorrer sobre o encontro íntimo do homem e o entorno bucólico. Um mar de rosas caiu sobre a bailarina nos primeiros instantes dessa espécie de sonho proposto pela estilista Maria Grazia Chiuri, que coreografou, a partir dos movimentos da dança contemporânea, um estudo sobre o corpo e como a roupa pode evoluir a partir de seus movimentos.

Baseada numa cartela sóbria, na qual o bege e as cores escuras dominaram, ela cortou bodies, blusas curtas e tops cujos comprimentos evoluíam com a dança.

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Vestidos parte retos, parte esvoaçantes, feitos de tule, seda e composições de materiais transparentes, davam a impressão de seguir a dança e os passos.

A imagem é a mais clássica já criada pela estilista, que vem mudando a direção de um emaranhado de referências ao feminismo para um conceito de feminilidade aristocrática, típica da moda festa criada por Christian Dior. Não que Chiuri, nome mais forte dessa corrente de transpor para a roupa os dilemas da mulher em uma realidade misógina, tenha deixado o ativismo de lado. Suas referências para essa coleção são heroínas da dança contemporânea, como Pina Bausch, Loïe Fuller e Martha Graham.

Foram os movimentos executados por essas mulheres e seu lugar de fala que impeliram a estilista a dar forma à dança. Frases como "a história vem de dentro do corpo", de Sharon Eyal, e "não estou interessada em como as pessoas se movem, mas o que faz elas se moverem", de Bausch, foram pintadas na caixa branca como avisos do que Chiuri queria dizer.

Assim, sua obra de moda não se esvazia na simples releitura de tutus, maiôs de dança e sapatos amarrados com as fitas das sapatilhas de bailarina. O visual helênico lembra a influência da cultura grega na construção do imaginário ocidental sobre o corpo, e os jeans, signos do hip hop e, consequentemente, da street dance, estavam ali recordando como liberaram os movimentos.Jaquetas amplas, calças folgadas, blusões bordados, todos os detalhes foram pensados para criar o discurso de que a moda sempre esteve ligada à liberdade de expressão.

É como se a estilista lembrasse ao público que o ato de se vestir é semelhante a executar uma dança, às vezes irregular, de volumes, cores e silhuetas. Com informações da Folhapress. 

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