Tesoureiro da campanha de Haddad é acusado de caixa dois

Um dos principais aliados de Haddad, Macena foi contador da campanha do petista à prefeitura, que foi alvo da operação Cifra Oculta, desdobramento da Lava Jato

© REUTERS

Política MPE 27/09/18 POR Folhapress

O candidato à Presidência do PT, Fernando Haddad, escolheu como tesoureiro de sua campanha Francisco Macena, que assim como o ex-prefeito de São Paulo, foi denunciado em maio pelo MPE (Ministério Público Eleitoral) sob suspeita de uso de caixa dois para pagar despesas na campanha de 2012.

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Um dos principais aliados de Haddad, Macena foi contador da campanha do petista à prefeitura, que foi alvo da operação Cifra Oculta, desdobramento da Lava Jato que apura o pagamento, pela empreiteira UTC, de dívidas da chapa do petista referentes a serviços gráficos no valor de R$ 2,6 milhões. Segundo três delatores da Lava Jato, o ex-deputado estadual Francisco Carlos de Souza, o "Chico Gordo" ou "Chicão", recebeu, por meio de gráficas ligadas a ele, R$ 2,6 milhões em propina da Petrobras para pagar dívidas da campanha de 2012 de Haddad.

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O pedido para que o dinheiro fosse entregue à gráfica foi feito pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. A delação do dono da UTC, Ricardo Pessoa, serviu como ponto de partida para o inquérito. Em delação premiada, a empresária Mônica Moura disse ainda que seus trabalhos para a campanha do petista foram pagos com R$ 20 milhões provenientes de caixa dois, vindos da Odebrecht e de Eike Batista. Moura disse que Haddad não se envolveu nas negociações financeiras e que, ao ser cobrado por atrasos de pagamentos da campanha, "dizia que não era com ele e mandava procurar o [João] Vaccari", disse Moura, mencionando o ex-tesoureiro do PT. "O Haddad meio que fazia o João-sem-braço. 'Não tenho nada a ver com isso'".

Além de Macena e Haddad, também foram denunciados o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-deputado estadual petista e empresário de gráficas Francisco Carlos de Souza, e o empresário do setor gráfico Ronaldo Candido.Chico Macena, como é conhecido, afirmou em janeiro, quando a Polícia Federal decidiu pelo indiciamento no mesmo caso, que não havia fundamento para a acusação.

"As testemunhas ouvidas, incluso o dono da gráfica, que teria recebido o dinheiro, indica que os valores recebidos não tinham qualquer relação com a campanha de Haddad. O relatório de análise do material apreendido na residência de Gilberto Queiroz faz referência a materiais produzidos pelo Diretório Municipal, mediante a emissão de notas fiscais em período anterior ao registro da candidatura de Haddad. O repasse do Diretório Nacional consta da prestação de contas e atende as exigências legais." Com informações da Folhapress. 

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