Haddad: Bolsonaro tem divulgado fake news vulgares contra minha família

Segundo o petista, sua campanha colocou um número de telefone celular à disposição para que os eleitores possam enviar as mensagens encaminhadas, que seriam esclarecidas e investigadas

© Nacho Doce / Reuters

Política Ataque 03/10/18 POR Folhapress

Fernando Haddad, candidato do PT ao Planalto, acusou nesta quarta-feira (3) a campanha de Jair Bolsonaro (PSL) de distribuir nas redes sociais informações "falsas e vulgares" contra sua família para prejudicá-lo na corrida presidencial.

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"Parece que a campanha do Bolsonaro está agindo muito fortemente com fake news contra minha família, contra minha atuação como ministro [da Educação durante o governo Lula]. São acusações muito vulgares, com imagens vulgares", disse Haddad em São Paulo.

"Isso está acontecendo nos últimos dias, sobretudo relacionado ao público evangélico, que cultiva valores que nós também cultivamos", completou.

Segundo o petista, sua campanha colocou um número de telefone celular à disposição para que os eleitores possam enviar as mensagens encaminhadas, que seriam esclarecidas e investigadas.

+ Médicos barram participação de Bolsonaro em último debate na TV

Um dos exemplos que chegou à assessoria de Haddad mostra um menino de cerca de 10 anos maquiado e com uma mecha dos cabelos pintada de rosa. A imagem vem acompanhada dos dizeres: "O Brasil que eu não quero. Bolsonaro presidente".

Preocupado com o crescimento do capitão reformado nas pesquisas -no Datafolha ele foi de 28% a 32%-, Haddad, que tem 21% e está em segundo lugar, afirmou que Bolsonaro tem feito "jogo baixo" e admite que sua alta nos levantamentos pode estar atrelada às correntes nas redes sociais, principalmente entre o público evangélico.

"A quantidade [dessas mensagens] está nos assustando", afirmou, apesar de, publicamente, ainda afastar a possibilidade de o adversário vencer no primeiro turno.

Como mostrou a Folha nesta terça (2), a campanha do PT avalia que uma onda de voto evangélico se concretizou contra Haddad e que ele precisa reforçar o canal direto com o eleitor mais pobre caso queira revertê-la e chegar ao segundo turno.

Há na equipe quem defenda que Haddad intensifique ataques mais duros contra Bolsonaro antes mesmo do segundo turno -inclusive por temer que a eleição termine ainda na primeira fase.

Por outro lado, há quem diga que o estilo conciliador do candidato deve ser mantido.

Questionado sobre a estratégia, Haddad afirmou que está "se defendendo" diante das fake news.

"Comecei a me defender. Mantivemos até aqui uma campanha propositiva", disse.

O debate da TV Globo, marcado para esta quinta-feira (4), é considerado decisivo para os auxiliares do petista que querem que ele fale de maneira mais agressiva contra Bolsonaro, mas também mais popular.

O objetivo é que ele invista em um discurso econômico, que conquiste o eleitor lulista que migrou para o capitão reformado, ao mesmo tempo em que ataque o líder das pesquisas com mais assertividade. Com informações da Folhapress.

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