© REUTERS/Ricardo Moraes
Dois dias após anunciar a suspensão das operações, a refinaria de alumina Hydro Alunorte foi autorizada nesta sexta-feira (5) pelo Ibama a usar um equipamento que permitirá a retomada das atividades.
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Com a medida, de caráter excepcional, a empresa de capital norueguesa poderá utilizar a tecnologia de filtro prensa no processamento de resíduos. Assim, segundo a empresa, conseguirá estender a vida útil de um depósito de resíduos sólidos.
A refinaria fica em Barcarena (PA), perto de Belém. "Estamos prontos para voltar a operar e agradecemos todo o apoio que temos recebido das autoridades e da sociedade. Estamos fazendo todos os esforços para retomar a operação, enquanto mantemos nosso diálogo com as autoridades para retomar a produção total", disse, em nota à imprensa, o vice-presidente executivo de Bauxita e Alumina, John Thuestad.
Na quarta-feira (3), a empresa havia anunciado a suspensão das atividades porque esse depósito estava chegando ao limite da sua capacidade. O segundo depósito de resíduos sólidos está sem uso há sete meses por determinação judicial e foi alvo de multa de R$ 10 milhões pelo Ibama por falta de licença ambiental.
A Hydro Alunorte é acusada de ter provocado um acidente ambiental em meados de fevereiro, quando fortes chuvas atingiram a região. A empresa nega o transbordamento de resíduos, mas admite o lançamento de efluentes (água da chuva que caiu no pátio da empresa) não tratados no rio Pará durante a inundação.
Os órgãos de fiscalização e monitoramento têm posições divergentes sobre o suposto acidente. O Ibama e a Semas (Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará) não constaram o transbordamento, mas o Instituto Evandro Chagas (IEC), do Ministério da Saúde, afirma que ele ocorreu.
A Alunorte é a maior refinaria de alumina do mundo. Por causa da determinação judicial para reduzir sua produção pela metade, a empresa decretou férias coletivas a 1.000 dos seus 6.000 funcionários diretos e indiretos. Com informações da Folhapress.