ONU critica condenação de jornalistas do canal Al Jazeera no Egito

Representantes das Nações Unidas criticaram hoje (23) as mais recentes decisões da Justiça egípcia, manifestando “grande preocupação” pela confirmação de 183 condenações à morte e pelas penas de prisão impostas a três jornalistas do canal de televisão Al Jazeera.

© Reuters

Mundo Nações Unidas 23/06/14 POR Agência Brasil

No sábado (21), um tribunal do centro do Egito confirmou a condenação à morte de 183 apoiadores do presidente islamita deposto Mohamed Mursi, incluindo o líder da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badie.

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Hoje, a Justiça egípcia condenou a sete e a dez anos de prisão três jornalistas da Al Jazeera, canal de televisão do Catar, acusados de apoiar o movimento Irmandade Muçulmana.

Para o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, “parece ser claro que esses processos não respeitam os princípios básicos de um julgamento imparcial”, disse o porta-voz Stéphane Dujarric.

Na opinião de Ban Ki-moon, “participar de manifestações pacíficas ou criticar o governo não deveria ser motivo de detenção ou de processos judiciais”, acrescentou o porta-voz.

O secretário-geral “acredita que ao permitir que todos os cidadãos exerçam de forma plena os seus direitos, o Egito sairá reforçado”, concluiu Dujarric.

A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, também criticou a conduta da Justiça egípcia, qualificando de “paródia de Justiça” os julgamentos em massa feitos no Egito, que já condenaram à morte mais de 220 pessoas.

Em comunicado divulgado em Genebra, Navi Pillay declarou estar “chocada e muito alarmada” com as sentenças aplicadas contra os jornalistas da Al Jazeera.

Na nota, a alta comissária considerou que as acusações apresentadas contra os jornalistas do canal de televisão do catar eram muito gerais e vagas. “Reforçando, portanto, a ideia de que o verdadeiro alvo é a liberdade de expressão”, destacou.

“Não é crime ter uma câmera ou tentar relatar os diferentes pontos de vista sobre um acontecimento. Não é crime criticar as autoridades ou entrevistar pessoas que têm opiniões impopulares”, disse a representante, apelando às autoridades egípcias para “libertarem sem demora” todos os jornalistas e profissionais de comunicação.

O jornalista egípcio-canadense Mohamed Fadel Fahmy, chefe da delegação da Al Jazeera até o momento em que ela foi proibida no Egito, e o australiano Peter Greste foram condenados a sete anos de prisão, enquanto o egípcio Baher Mohamed foi condenado a duas penas de prisão: uma de sete e outra de três.

Os três profissionais estavam detidos há cerca de seis meses.

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