Para UE, acordo por Brexit levará 'algumas semanas'

Michel Barnier pediu mais tempo para concluir negociações

© Francois Lenoir / Reuters

Mundo Novo capítulo 16/10/18 POR Ansa

As negociações para a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit) terão um novo capítulo nesta quarta-feira (17), quando lideranças britânicas, além de representantes dos outros 27 países-membros do bloco se reúnem em Bruxelas para uma rodada de dois dias de negociações.

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"Eu espero que a primeira-ministra apresente algo criativo o suficiente para resolver este impasse", disse o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. "Nós precisamos de 'novos fatos' para avançar nas conversas", acrescentou.

Nós não chegamos lá ainda", disse Michel Barnier, o negociador-chefe da UE para a questão. "Permanecem muitas questões em aberto, portanto precisamos de mais tempo para chegar a esse acordo global". Barnier disse que um acordo não deve acontecer até novembro, após as negociações realizadas no último fim de semana junto ao Conselho Europeu, em Luxemburgo. "Nós vamos usar esse tempo calmamente, com intenções sérias, para chegar a um acordo final nas próximas semanas", afirmou Barnier.

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"Os acordos aduaneiros devem ser temporários. São nosso pontos firmes e os respeitaremos. Queremos um acordo mas também nos preparamos para a possibilidade de não chegarmos a um entendimento, como deve fazer qualquer governo responsável", disse o vice-ministro britânico para o Brexit, Martin Callahan, durante a reunião.

Após uma reunião de gabinete que durou três horas nesta terça-feira (16), a primeira-ministra britânica, Theresa May, disse que o governo precisa se manter "junto e firme". A possível fronteira física entre a República da Irlanda e a Irlanda do Norte segue sendo o principal entrave para o acordo.

No último domingo (14), o site "Politico" havia anunciado um pacto entre Londres e Bruxelas, mas declarações subsequentes mostraram que o acordo do Brexit ainda está longe de se tornar realidade.

Membros do governo May disseram à imprensa britânica que a questão das Irlandas é um "problema significativo", já que o Reino Unido teme a criação de fronteiras dentro de seu próprio território. As negociações são regidas por um princípio chamado "backstop", que garante que, se não houver acordo, a fronteira entre as Irlandas permaneça inalterada, ou seja, inexistente.

Se isso acontecer, a Irlanda do Norte, que é território britânico, continuaria no mercado comum e na união alfandegária e ficaria submetida a regras diferentes do restante do Reino Unido. Os defensores de um Brexit mais duro alegam que isso seria a anexação de território britânico pela UE.

Se houver acordo, o divórcio acontecerá em 29 de março de 2019, mas com um período de transição até 31 de dezembro de 2020. Do contrário, a ruptura será imediata. (ANSA)

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