Documento confirma oferta de disparo ilegal de mensagens na eleição

Troca de e-mails mostra que a opção de usar base de dados de terceiros, o que é proibido pela lei eleitoral

© iStock

Política WhatsApp 21/10/18 POR Notícias Ao Minuto

Troca de e-mail e envio de orçamento comprovam a oferta do serviço de disparo em massa de mensagens por meio do WhatsApp. É o que diz a Folha de S. Paulo, neste sábado (20), diante de documentos a que teve acesso.

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Um das agências digitais envolvidas, a Croc Services, formalizou proposta de R$ 8,7 milhões à campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República.

A empresa, ainda conforme o jornal, usaria base de dados própria. A legislação eleitoral proíbe a compra de base de terceiros - muitas vezes feita a empresas de cobrança ou a funcionários de empresas telefônicas. Só é permitindo o uso das listas de apoiadores do próprio político - números cedidos de forma voluntária.

A opção de contrato conseguida pela Folha cita opções diversas de disparos de mensagens por WhatsApp, com pagamento a ser feito até três dias antes da ação.

+ Página com vaquinha virtual fake para Bolsonaro é bloqueada pelo TSE

O marqueteiro digital de Alckmin, Marcelo Vitorino, confirma a oferta. Ele diz, no entanto, que a opção da campanha tucana foi pelo uso da lista com dados apenas de militantes e membros do PSDB, bem como de apoiadores que forneceram dados nas redes do candidato, de forma voluntária. Pelo serviço, pagou R$ 495 mil, a R$ 0,09 cada disparo.

O sócio-diretor da Croc, Pedro Freitas, afirmou não saber que a prática era ilegal, mas confirma a oferta e prestação do serviço. Disse, ainda, que usa uma base própria de usuários, acumulada ao longo dos anos. "Se as campanhas compraram a base de alguém eu não sei, mas o fato é que me mandaram a lista de telefones."

Inquérito

Ontem (20), a Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar a suspeita de que empresas de marketing digital estariam atuando nessas eleições, de maneira estruturada, para envio em massa de mensagens contra o PT, por meio do Whatsapp. O serviço teria sido contratado por apoiadores de Bolsonaro, conforme matéria da Folha de S. Paulo.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também abriu processo, depois de ação ajuizada pela candidatura de Fernando Haddad (PT), na quinta (18).

Ao rebater as acusações, pelo Twitter, Jair Bolsonaro afirmou que não tem controle sobre apoios voluntários e afirmou que o PT não está sendo prejudicado por fake news, mas pela “verdade”.

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