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O time Cidade de Deus, também conhecido como CDD, abriu o placar logo no primeiro tempo, mas deixou o Bancários empatar. Embora o Bancários tenha levado muito perigo ao gol adversário, na tentativa de empatar, um novo gol confirmou a vitória do CDD.
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Organizada pela Central Única das Favelas (Cufa), a competição, batizada oficialmente como Torneio Futebol Arte, foi inspirada na Copa do Mundo e representou uma extensão da Copa das Favelas, campeonato de maior fôlego que é realizado há quatro anos no Rio de Janeiro, reunindo cerca de 300 comunidades do estado.
O diretor de expansão da Cufa, Altair Martins, explicou que o objetivo é dar visibilidade aos jovens, a maior parte entre 15 e 17 anos. “A nossa esperança é que daqui saiam alguns craques. Queremos aproveitar este momento de Copa do Mundo e levar para dentro das favelas a esperança a esses jovens. Temos a possibilidade de estarmos encontrando futuros talentos”, disse Altair.
O técnico das equipes masculina e feminina da CDD, Carlos Andrade, mais conhecido como DJ Nem, salientou que o futebol é uma forma de ocupar o tempo dos jovens com atividades positivas. “O governo tinha que implantar mais projetos dentro das comunidades, até para a gente tirar essas pessoas do tráfico e da rua, para ocupar o tempo delas. Tem um monte de jovens que jogam futebol, mas não tem espaço. O futebol feminino é um exemplo. Não se dá valor aqui. Lá nos Estados Unidos e na Europa, eles dão toda uma estrutura. Aqui, não tem nenhuma”, criticou Nem.
Time de futebol feminino da Cidade de Deus se apresenta no Torneio Futebol Arte, também chamado Copa do Mundo das Favelas Tânia Rêgo/Agência Brasil
Antes da final masculina, foi disputada a final feminina, vencida também pela equipe da Cidade de Deus, que bateu, nos pênaltis, o time da Favela do Sapo.
Uma das jogadoras da CDD é Suellen Oliveira, de 19 anos, que joga como meia e atua no Botafogo, na categoria sub-20, mas não recebe salário. “Sonho em ser jogadora da seleção brasileira. O futebol feminino sempre foi difícil. A gente gasta passagens para ir aos treinos e para jogar, porque gosta. Falta patrocínio. Salário a gente não recebe. Eu sonho em ir para o exterior jogar lá. Tenho que pensar no meu futuro”, disse ela.