Boca de urna persiste em era das redes sociais: 'Difícil fiscalizar'

Segundo o Ministério da Segurança Pública, no primeiro turno, houve 1.372 flagrantes desse tipo de crime eleitoral

© Chad Madden / Unsplash

Tech redemocratização 28/10/18 POR Notícias Ao Minuto

Na nona eleição presidencial após a redemocratização, em plena era da comunicação instantânea por celulares, por meio das redes sociais, a campanha de boca de urna é intensa no dia da votação. A prática é ilegal. Segundo o Ministério da Segurança Pública, no primeiro turno, houve 1.372 flagrantes desse tipo de crime eleitoral.

PUB

Pelos dados do ministério, foram registradas 247 ocorrências de propaganda eleitoral irregular e 51 casos de distribuição de material irregular de campanha. No total, 523 cabos eleitorais chegaram a ser detidos por causa desses crimes e de outros flagrantes.

O assédio aos eleitores e a propaganda política próximos aos locais de votação são proibidos pela Justiça Eleitoral (Art. 81 da Resolução nº 23.551/2017).

+ Justiça Eleitoral oferece seis aplicativos para uso do eleitor

No entanto, a prática é muito comum para tentar obter o voto de eleitores indecisos ou desinformados sobre os candidatos.

De acordo com a cientista política Helcimara Teles, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), “é muito difícil controlar” a boca de urna. Segundo a especialista, disputas acirradas tendem a aumentar os casos.

O cientista político Márcio Malta, da Universidade Federal Fluminense (UFF), concorda que “é muito difícil de fiscalizar” a boca de urna em todos acessos às seções eleitorais.

À Agência Brasil, Márcio Malta disse que já trabalhou como mesário em Niterói (RJ) e percebeu que “muita gente acaba sendo influenciada” por “santinhos de candidato, que recebe ou até pega no chão”. “Não são poucos os eleitores que chegam para votar indecisos e que consultam às listas de nomes da Justiça Eleitoral para fazer escolha na hora”, acrescentou.

Pesquisas indicam que, em pleitos passados, 10% dos eleitores tomaram posição na última hora – percentual significativo especialmente nas disputas mais equilibradas como ocorre em alguns estados.

Para Malco Camargos, cientista político da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), a cada eleição, vem diminuindo os casos de boca de urna. Segundo ele, esta é a campanha eleitoral “com menor uso de papeis”. Com informações da Agência Brasil.

O especialista lembra que a campanha eleitoral, encerrada na última sexta-feira (26) no rádio e na televisão, continua em comunicações pessoais nas redes sociais e aplicativos, como Whatsapp, que poderão ser usados para tentar convencer até o último minuto antes do voto. "[A legislação proíbe no dia da votação] a publicação de novos conteúdos ou o impulsionamento de conteúdos nas aplicações de internet [pelos candidatos]”, explica o especialista. Com informações da Agência Brasil.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama A Grande Conquista 2 Há 13 Horas

Ex-Polegar pega faca durante discussão e é expulso de reality

politica Arthur Lira Há 14 Horas

Felipe Neto é autuado por injúria em inquérito aberto a pedido de Arthur Lira

mundo Posição de Lótus Há 15 Horas

O misterioso caso da múmia escondida em estátua de Buda

fama GISELE-BÜNDCHEN Há 15 Horas

Gisele Bündchen recebe apoio de prefeito após chorar durante abordagem policial nos EUA

lifestyle Signos Há 16 Horas

Quatro signos que nasceram para serem famosos

brasil Santa Catarina Há 15 Horas

Homem morre após ser atacado por quatro pitbulls em quintal de casa em SC

fama Iraque Há 13 Horas

Influencer iraquiana é morta a tiros em Bagdá

fama SAMARA-FELIPPO Há 11 Horas

Filha de Samara Felippo é alvo de racismo em escola, diz site

brasil MORTE-SP Há 10 Horas

Morte de jovem após deixar sauna gay causa pânico; relembre histórico

economia REINHART-KOSELLECK Há 14 Horas

Quem é o historiador lido por Haddad após bronca de Lula