British Museum incorpora obra infiltrada pelo artista Banksy; veja peça

Tudo começou com uma pegadinha: artista pendurou a peça, batizada de 'Peckham Rock', em uma parede do espaço. Funcionários só notaram o objeto infiltrado após três dias

© AI Project/Reuters

Cultura arte 31/10/18 POR Folhapress

Uma obra plantada pelo artista britânico Banksy no acervo do British Museum, em Londres, foi oficialmente incorporada a uma das exposições da instituição.

PUB

Tudo começou como uma pegadinha, em 2005. O artista simplesmente pendurou a peça, batizada de "Peckham Rock" (pedra de Pekcham, distrito da capital britânica), em uma parede do espaço, junto com uma descrição idêntica à que acompanha as outras obras e até um código usado para identificar a coleção do museu. Funcionários só notaram o objeto infiltrado após três dias, graças a uma dica do próprio grafiteiro. Ele desafiava, em seu site (banksy.co.uk), o público a encontrar a obra.

A estreia oficial da pedra no museu, um dos mais tradicionais do mundo, aconteceu neste ano, na exposição "Ian Hislop's Search for Dissent" (a busca de Ian Hislop pela discordância), em cartaz até 20 de janeiro. Hislop é editor da revista satírica Private Eye.

A obra, que imita uma pintura rupestre, retrata um homem empurrando um carrinho de supermercado e um animal alvejado por flechas. 

A descrição é igualmente um chiste. Segundo o texto, o exemplar de "arte primitiva" data da era "pós-catatônica" e seu autor, conhecido pelo apelido "Banksymus Maximus", tem uma "produção substancial espalhada pelo sudeste da Inglaterra". 

+ Filme sobre guerrilheiras socialistas da Nicarágua vence Mostra de SP

Termina com um tom de rebeldia, marca do artista: "A maioria [das obras de Banksymus Maximus] é destruída por zelosos governantes que não reconhecem o mérito artístico e o valor histórico de pintar paredes". Banksy ficou conhecido pelos grafites espalhados em muros de grandes cidades.

A exibição da peça é "prova de que o British Museum consegue aguentar uma piada", afirmou Hislop ao jornal britânico The Guardian.

Para a exposição, ele escolheu cerca de cem peças do acervo da instituição que contam histórias de "discordância, subversão e sátira".

Está lá, por exemplo, uma edição de 1631 da Bíblia do rei James (tradução feita sob o governo de James 1º) que contém dois erros. 

Um deles é o incentivo, acidental ou não, a casos extraconjugais, pela supressão do "não" no enunciado do sétimo mandamento, "não cometerás adultério". Outro é a grafia da expressão "God's greatness" (a grandeza de Deus), trocada no exemplar por "God's great asse" (que pode ser lida como a grande bunda divina).

Um dos objetos mais recentes é um gorro rosa que virou símbolo da Marcha das Mulheres realizada em Washington (EUA), no começo do ano passado, em protesto à posse do presidente Donald Trump.

O ingresso para adultos custa 12 libras (R$ 56). Informações em britishmuseum.org. Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Equador Há 13 Horas

Imagens fortes! Vídeo mostra assassinato de Miss Landy Párraga

mundo Kristi Noem Há 13 Horas

Governadora cotada para ser vice de Trump matou a tiros o próprio cão

justica Raul Pelegrin Há 13 Horas

Homem que cortou corda de trabalhador foi espancado antes de morrer

mundo Aviões Há 6 Horas

Piloto alcoolizado leva Japan Airlines a cancelar voo nos EUA

fama Demi Moore Há 12 Horas

Filhas de Demi Moore e Bruce Willis combinam biquínis nas férias; veja

brasil Brasil Há 12 Horas

Ponte é arrastada pela correnteza enquanto prefeita grava vídeo; veja

esporte Liga dos Campeões Há 11 Horas

Brilho de Vini Jr: Dois gols e uma reverência contra o Bayern de Munique

brasil São Paulo Há 5 Horas

Adolescente tem membros amputados após descarga elétrica de 8 mil volts

esporte Ayrton Senna Há 12 Horas

Trinta anos sem Ayrton Senna; relembre momentos marcantes

mundo RÚSSIA-UCRÂNIA Há 12 Horas

'Castelo do Harry Potter' é destruído após ataque russo no porto de Odessa