França descarta transferência de número 1 do PCC para presídio federal

Na terça (6), a Folha de S.Paulo noticiou que a mudança do líder da facção dividia as forças de Segurança em São Paulo

© Reuters / Adriano Machado

Justiça principal chefe 09/11/18 POR folhapress

O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), descartou nesta sexta-feira (9) a necessidade de transferência do principal chefe do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, para um presídio federal.

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Na terça (6), a Folha de S.Paulo noticiou que a mudança do líder da facção dividia as forças de Segurança em São Paulo, após a descoberta de um plano de resgate dos comandantes do crime organizado de dentro das penitenciárias do estado.

"Hoje não há [necessidade], pelo menos as forças de Segurança não sentem essa necessidade. Ao fazer um movimento como esse com todo mundo fala que vai [fugir], vamos transferir quantos?", afirmou o governador.

Para França, a execução penal deve ser endurecida "apenas quando há ato formal de rebeldia, indisciplina. É assim que a lei determina". E que não se trata de uma decisão administrativa, mas judicial, de competência do juiz responsável pela execução.

O pessebista também ponderou que a transferência de um detento como Marcola pode gerar consequências para o estado e para as polícias. "Já tivemos experiências assim que de algum jeito produziram reações, não se pode ignorar isso", afirmou.

Marcola está preso na penitenciária 2 de Presidente Venceslau, interior de SP, onde cumpre há quase 20 anos uma pena superior a 300 anos, por uma série roubos, além de crimes ligados ao comando do PCC.

Em meio a ameaças de resgate de Marcola, policiais militares paulistas estão recebendo treinamento desde a semana passada para o uso de armamento de guerra em operação no interior do estado.

Dois tipos de armas são utilizadas nos treinos: metralhadoras calibre .50, que são capazes de derrubar aeronaves, e metralhadoras MAG 7.62, também de grande poder de destruição por funcionar em modo rajada de disparos.

O treinamento da tropa está sendo ministrado por homens do Exército, por determinação do Comando Militar Sudeste, que também cedeu o armamento para ser empregado na operação em Presidente Venceslau, conforme solicitada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.

Procurado pela Folha, o secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, disse não poder dar detalhes da utilização do armamento por fazer parte de informações estratégicas de segurança.

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As metralhadoras já estão sendo empregadas no interior paulista desde o final de semana. O número exato dessas armas também não foi informado pelo Exército e nem pela PM, mas estima-se que sejam cerca de dez.

O uso desse tipo de armamento é importante na operação realizada no interior porque, segundo o plano descoberto pelo governo, a facção criminosa teria contratado um grupo de mercenários internacionais para resgatar a cúpula presa em Presidente Venceslau. Para a ação estaria previsto o uso de dois helicópteros de guerra.

Embora descoberto, o plano ainda não teria sido abortado pelos criminosos.

MEDALHA

O governador participou da entrega da medalha Brigadeiro Tobias, a mais alta condecoração da Polícia Militar de São Paulo, a policiais e a personalidades, como o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, a deputada estadual eleita Janaina Paschoal (PSL) e os apresentadores de TV José Luiz Datena (Band) e Luiz Bacci (Record).

Foi o primeiro compromisso de Márcio França desde o segundo turno das eleições, em 28 de outubro.

Ele afirmou que recebeu em seu gabinete o vice-governador eleito e coordenador da transição, Rodrigo Garcia (DEM), com quem disse ter amizade: "Fizemos juntos o governo Alckmin".

Também contou que pediu ao governador eleito, João Doria (PSDB), que mantivesse algumas medidas implementadas em sua gestão -não detalhou quais. França afirmou que não ficam rusgas com o adversário, de quem foi aliado até o início da disputa eleitoral, após o resultado das urnas. "Cada um na sua, somos profissionais nas nossas áreas. Ele é profissional de relacionamento e eu, da política. Eleição encerra na eleição."

Sobre o futuro, o governador disse que a partir de 2 de janeiro, quando deixará o Palácio dos Bandeirantes, voltará a ser avô de seus netos. Afirmou que ainda se recupera de uma pneumonia nos dois pulmões e que precisará se submeter a uma cirurgia de hérnia, descoberta durante o tratamento da doença. Com informações da Folhapress.

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