Novos ataques distanciam Colômbia e ELN de paz

Grupo realizou pelo menos 3 atentados no último fim de semana

© Eric Vidal / Reuters

Mundo Conflito 12/11/18 POR Ansa

O conflito entre o Exército de Libertação Nacional (ELN) e o governo colombiano registrou novos capítulos durante o último fim de semana, distanciando as das partes de um acordo de paz.

PUB

Neste sábado (10), o grupo dinamitou o oleoduto Caño Limón-Covenãs, no município de Cubará, região central colombiana, o que causou vazamentos e contaminação nos rios locais. Segundo a Ecopetrol, empresa petroleira do país, já foram realizados 79 ataques deste tipo no país somente em 2018, o que representa uma média de um atentado a cada quatro dias.

+ Extrema-direita se une a governo em marcha na Polônia

No mesmo dia, integrantes do ELN pararam um ônibus em uma via principal do departamento de Cesar, fizeram os ocupantes descerem e incendiaram o veículo. A polícia local interveio e o confronto com criminosos deixou cinco feridos. Pouco depois, na mesma região, rebeldes queimaram um trator e um ônibus e fizeram pixações em veículos para desafiar o governo, que enviou cinco mil militares à área para combater as atividades do ELN.

"Nós vamos persistir na motivação de desmobilização individual desta organização [o ELN], para que deixem esse caminho criminoso. Vamos fazê-lo com uma grande capacidade de presença no território, para tirar deles lugares do país que nos últimos anos funcionaram como santuários", disse o presidente colombiano, Iván Duque, que está em Paris para participar dos eventos que relembram os 100 anos do fim da Primeira Guerra Mundial, além de reunir-se com a Organização para o Cooperação e Desenvolvimento Econômico da Unesco (OCDE).

"Se o ELN quer dialogar, deve libertar todos os sequestrados e pôr fim a todas as suas ações criminosas", acrescentou o presidente, sobre a possibilidade de retomar negociações com o grupo, sob mediação de Cuba.

"Eles sabem que se querem seguir por esta via, o que vão ter em troca é toda a contundência do Estado colombiano, por meio da Força Pública e o Poder Judiciário. Não vamos nos deixar chantagear pelo ELN", acrescentou. O grupo respondeu pelo Twitter: "não engane a Colômbia [referência a Duque], seu governo não tem vontade de diálogo, nem de conciliação. Por que não aceitou conversar com os estudantes? Eles não são responsáveis por privações de liberdade, não utilizam nossos métodos de resposta revolucionária à sua repressão militar", escreveu o grupo, referindo-se a protestos ocorridos em universidades de Bogotá na última sexta-feira (9), que deixaram oito policiais feridos.

Após a dissolução das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), rebatizadas como Força Alternativa Revolucionária do Comum, o ELN se tornou a única guerrilha ativa no país e atualmente negocia a paz com o governo. (ANSA)

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Iraque Há 53 mins

Influencer iraquiana é morta a tiros em Bagdá

mundo Guangzhou Há 1 Hora

Tornado atinge cidade na China e deixa rastro de destruição; vídeo

fama Casais famosos Há 20 Horas

Romances estranhos dos famosos (e que ninguém parece lembrar!)

esporte FLAMENGO-BOTAFOGO Há 23 Horas

Tite já ouve cornetas soarem no Flamengo e clássico vira jogo de risco

brasil POVOS-INDÍGENAS Há 23 Horas

Indígenas apontam apropriação cultural e intelectual por uso de cupuaçu, tucumã e stevia

fama JERRY-SEINFELD Há 23 Horas

Jerry Seinfeld culpa extrema esquerda e politicamente correto pelo fim da comédia

fama Baby Reindeer Há 20 Horas

Conheça Richard Gadd, o ator da série que está dando o que falar

esporte Brasil Há 14 Horas

Estátua de Daniel Alves em Juazeiro vai ser retirada; entenda

economia INFLAÇÃO-IPCA-15 Há 23 Horas

Inflação medida pelo IPCA-15 desacelera a 0,21% e fica abaixo das projeções em abril

mundo Posição de Lótus Há 3 Horas

O misterioso caso da múmia escondida em estátua de Buda