Folha de pagamento aumenta rombo das contas dos estados

Déficit das contas públicas saiu de R$ 2,8 bilhões em 2016 para R$ 13,8 bilhões em 2017

© Reuters

Economia Tesouro Nacional 14/11/18 POR Folhapress

Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, estados onde os problemas fiscais são mais profundos, mantiveram as piores notas (D) na escala de capacidade de pagamento do Tesouro Nacional.

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Minas não tem nota porque não apresentou dados de disponibilidade de caixa.

É preocupante que justamente os estados com os maiores problemas para pagar suas contas tenham as piores notas, pois são elas que indicam os entes que podem receber a garantia da União para obter novos empréstimos.

No geral, o número de estados que podem ter essa garantia -com nota A ou B- caiu de 14 para 13, segundo boletim de finanças do Tesouro Nacional de 2018.

O único estado com nota A na escala é o Espírito Santo, que manteve o desempenho.

Pioraram a capacidade de empréstimo Maranhão e Rio Grande do Norte, que passaram a ter nota C.

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O Piauí passou a ser elegível a obter novos empréstimos com garantia da União, com nota B, mas corre o risco de cair na escala no ano que vem. Ao lado do Piauí, correm esse risco São Paulo, Acre, Amazonas, Paraíba e Paraná.

O aumento do rombo nas contas dos estados, que saiu de R$ 2,8 bilhões em 2016 para R$ 13,8 bilhões em 2017, explica o quadro ruim -bastante influenciado pela alta dos gastos com pessoal.

No geral, a despesa dos estados com funcionários da ativa e aposentados cresceu acima da inflação no ano passado.

A diferença entre os estados, porém, foi significativa. Em Mato Grosso do Sul, os gastos com pessoal tiveram crescimento de quase 20%, descontada a inflação, seguido por Roraima e Rio de Janeiro (com alta ao redor de 10%).

Mais uma vez, o Espírito Santo foi o destaque positivo, com queda real de quase 4% nos gastos com pessoal.

Além do Espírito Santo, os estados nos quais não houve crescimento real nos gastos com pessoal foram Paraíba, Amapá e Pará.

Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Sergipe, Acre, Paraíba, Roraima, Paraná, Bahia, Santa Catarina e Alagoas apresentam comprometimento de suas receitas correntes líquidas com despesas com pessoal superior ao limite permitido, de 60%.

O fato de os inativos responderam por boa parte dessas despesas reforça, segundo o Tesouro, a urgência de uma reforma da Previdência, controle de altas salariais e realização de concursos públicos.

Entre 2011 e 2017, as despesas com pessoal cresceram 31,6% na média, descontada a inflação.

O Rio de Janeiro mais do que dobrou os gastos com pessoal, mas nesse período maior se destacaram os servidores ativos. No Maranhão e em Mato Grosso do Sul, a alta ficou pouco abaixo de 80% e, em Minas, essas despesas subiram quase 60%.

Entre as cidades com nota C, destacam-se Rio de Janeiro, Campo Grande e Goiânia. Com informações da Folhapress.

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