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O Der Spiegel, em colaboração com o Football Leaks, continua a revelar alguns dos ‘podres’ do futebol mundial. Nesta quarta (14), o jornal alemão divulgou as bases do acordo inicialmente estabelecido entre o Chelsea e N’Golo Kanté, quando o jogador foi comprado junto ao Leicester City, em 2016.
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A publicação escreve que, numa primeira instância, o meia francês teria aceitado receber cinco milhões de euros líquidos, o equivalente a 20% do seu ordenado anual, na forma de direitos de imagem, através de uma empresa sediada na Ilha de Jersey, um famoso paraíso fiscal.
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Esta estratégia permitiria, aos londrinos, poupar cerca de um milhão de euros em impostos, mas, quando tudo parecia estar bem encaminhado, eis que o assessor fiscal do médio enviou um (inesperado) e-mail à direção ao clube.
“Após ler inúmeros artigo de imprensa sobre direitos de imagem e investigações a impostos contra jogadores e clubes, o N’Golo está cada vez mais preocupado que a condição que lhe foi proposta poderá ser questionada pelas autoridades fiscais”, pode ler-se na missiva, datada de maio de 2017.
O Chelsea respondeu assegurando que a estratégia seria “perfeitamente legal”, mas a postura do jogador, que preferia “não correr qualquer risco”, manteve-se inalterada: “Ele só quer receber um salário normal”.
As negociações prosseguiram e Kanté acabou mesmo por aceitar receber o equivalente a 20% do seu ordenado na forma de direitos de imagem, o que supõe uma carga fiscal inferior. No entanto, apenas aceitou fazê-lo a partir da sua própria empresa britânica, que assegura o pagamento legal dos impostos.