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A JBS, maior processadora de carne do mundo em vendas, divulgou resultado trimestral mais forte do que o esperado com a força de suas operações de carne bovina no Brasil e nos Estados Unidos, levando as ações da companhia a subirem quase 8%.
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A companhia registrou prejuízo de R$ 133,5 milhões no terceiro trimestre, menor do que o esperado.
A receita líquida consolidada da JBS cresceu 20% para R$ 49,4 bilhões, em parte devido ao aumento nas vendas de carne bovina brasileira e a um aumento de 9% na receita da marca Seara, divisão de alimentos processados da JBS.
Analistas esperavam, em média, que a JBS tivesse um prejuízo de R$ 905 milhões no trimestre, de acordo com estimativas da Refinitiv.
Em uma teleconferência nesta quarta-feira, a JBS disse que buscará listar suas ações nos EUA "o mais rápido possível", para melhor refletir a realidade operacional da companhia, dada a grande fatia de suas receitas que vêm de fora do Brasil.
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Jerry O'Callaghan, presidente do conselho e diretor de relações com investidores da JBS, não forneceu um prazo para a listagem nos EUA, que já foi adiada depois que a empresa admitiu subornar vários políticos no Brasil e se tornou alvo de uma investigação do Departamento de Justiça dos EUA.
O executivo também ressaltou que a empresa recentemente conseguiu vender US$ 500 milhões em títulos, com a demanda chegando a cinco vezes o montante ofertado. "Isso mostra que o mercado financeiro vê a JBS como uma empresa interessante", disse O'Callaghan.
Enquanto isso, a JBS disse que manterá seu compromisso com a disciplina financeira. Depois de pagar US$ 4,3 bilhões em dívidas, a empresa economizará US$ 300 milhões em pagamentos anuais de juros, informou a empresa.
Nos EUA, uma economia forte beneficiou a JBS com o aumento do consumo de carne bovina. Por outro lado, o segmento de carne suína da empresa está sofrendo com o crescimento da oferta, em meio a uma guerra comercial do governo dos EUA com a China.
A JBS também relatou alguma fraqueza na subsidiária de frango Pilgrim's Pride, impactada por preços mais baixos nos EUA e no México. Com informações da Folhapress.