© Tânia Rêgo/Agência Brasil
O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, general Richard Nunes, afirmou nesta quarta-feira (21), em entrevista à GloboNews, que "provavelmente" há políticos envolvidos no assassinato da vereadora Marielle Franco.
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Sobre milicianos, o secretário disse que "com toda certeza" estão envolvidos com o mando ou com a execução.
"Não é um crime de ódio - falei isso logo na primeira entrevista que dei, em março, sobre isso. É um crime que tem a ver com a atuação política, em contrariedade de alguns interesses. E a milícia, com toda certeza, se não estava no mando do crime em si, está na execução", disse Nunes.
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Ele afirmou que as investigações do caso Marielle já têm 14 volumes e que alguns culpados foram encontrados, mas que espera reunir provas cabais do crime para que os responsáveis não sejam inocentados no futuro. "Nós não podemos ser precipitados porque no momento em que se prende por exemplo um dos participantes - a gente poderia tentar fazer isso - não prende os demais. Alguns participantes nós temos, com certeza, agora o problema todo é esse: nós temos que criar uma narrativa consistente ligando esses atores com provas cabais que não venham a ser contestadas em juízo, no tribunal do júri", afirmou.
"Aí sim seria um fracasso - que a sociedade não observasse esses criminosos sendo efetivamente condenados", acrescentou.
A entrevista à GloboNews foi feita para avaliar os dez meses da intervenção federal na segurança do Rio. Nunes afirmou que entende que não é necessário continuar com a intervenção e que não acabaria com a pasta que atualmente lidera - o governador eleito, Wilson Witzel, anunciou que, em seu governo, haverá uma secretaria para a Polícia Civil e outra para a PM.