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Os chefes de Estado e de governo dos países que compõem a União Europeia (UE) se reúnem neste domingo (25), em Bruxelas, para endossar o acordo de saída do Reino Unido do bloco e a declaração política da relação futura pós-'Brexit'.
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Desfeito o "imbróglio" de Gibraltar, que nos últimos dias ameaçou abalar a harmonia e solidariedade entre os membros - pelo menos no que se refere ao assunto -, o encontro extraordinário de hoje deverá seguir o roteiro apontado pelo presidente do Conselho Europeu, na carta-convite endereçada aos estados-membros.
"Durante as negociações, ninguém queria derrotar ninguém. Todos procurávamos um acordo justo e satisfatório. Acredito que finalmente chegamos ao melhor compromisso possível. [...] Recomendarei que, no domingo, aprovemos o resultado das negociações do 'Brexit'", sinalizou Donald Tusk na missiva que enviou aos líderes europeus, neste sábado (24).
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Os 27 países deverão, dessa forma, endossar sem percalços o projeto do acordo de saída do Reino Unido do bloco comunitário e a declaração política que estipula os parâmetros da relação futura entre as partes, antes de receberem a primeira-ministra britânica, Theresa May, para delinear os próximos passos.
O suspense instalado em Bruxelas nos últimos dias dissipou-se, na tarde de ontem, quando a Espanha recebeu as "garantias" que clamava para ratificar o acordo do 'Brexit'.
Pedro Sánchez tinha ameaçado votar contra, ou em última instância boicotar o acordo, se não houvesse um esclarecimento do artigo 184 do acordo de saída, que na opinião do governo espanhol estabelecia que, no futuro, os assuntos relacionados com Gibraltar seriam abordados exclusivamente entre Londres e Bruxelas.
Para Madrid, era fundamental que ficasse escrito que nenhum acordo futuro entre a UE e Londres fosse aplicado no território ultramarino britânico - cedido em 1713 mas, ainda hoje, reivindicado pelas autoridades espanholas -, sem o visto prévio espanhol.
Intensas negociações de última hora permitiram que Espanha visse as suas exigências atendidas, na véspera da reunião extraordinária.
"Com respeito ao âmbito territorial dos acordos futuros entre a UE e o Reino Unido, é evidente que, a partir do momento em que o Reino Unido deixar a União, Gibraltar não estará incluído no âmbito territorial dos acordos que forem concluídos entre as partes", esclareceu, em carta enviada a Sánchez, o presidente do Conselho Europeu, Jean-Claude Juncker.