© Fernando Frazão/ Agência Brasil
Traficantes da favela do Mandela, na Zona Norte do Rio, que matam policiais são premiados com cargos mais altos na hierarquia da quadrilha, segundo investigação da Polícia Civil. O esquema de "promoção" dos bandidos foi descoberto por agentes da 21ª DP (Bonsucesso) em março do ano passado, quando um traficante preso revelou o "plano de carreira" em depoimento.
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De acordo com o preso, traficantes mataram a tiros o soldado Sandro Mendes de Lyra, de 36 anos, no Mandela, em janeiro do ano passado. O agente tinha ido buscar outra equipe de PMs que havia sido atacada pouco antes na comunidade.
O homem premiado pelo homicídio foi Thiago Ferreira de Lima, conhecido como Soldadinho. Antes de assassinar o PM, ele vendia drogas a usuários. Depois, passou a administrar bocas de fumo.
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Segundo o 'Extra', Lima foi um dos 17 traficantes da favela denunciados pelo Ministério Público pelos crimes de associação criminosa e tráfico de drogas. A denúncia afirma que, após a promoção, Soldadinho passou a administrar “os atos de endolação, distribuição e venda de cocaína e cuidar da contenção armada das suas áreas de atuação”.
Um dos fornecedores de drogas à comunidade, Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, extraditado do Paraguai após matar uma mulher dentro da cela onde estava preso em Assunção, na semana passada, também está na lista de réus.