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A ONU considera que a avaliação do estado de pobreza deve ter em conta outros fatores além da renda e, nesse sentido, o relatório anual (RDH) mostra que, em 2014, existem mais de 6 milhões de pessoas a viver no Brasil em condições de pobreza máxima.
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Os fatores considerados pela organização internacional, aplicados no documento apresentado essa quinta-feira (24), mostra que 3,1% da população brasileira vive sem renda, sem educação, acesso a tratamentos de saúde ou condições básicas de vida, como água, luz ou saneamento.
O relatório anual, que tem vindo a ser feito desde 2010, atribui um valor através do Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) que considera pobre aquele individuo que não tem acesso a pelo menos três dos dez indicadores básicos de condição de vida. Entre esses está a nutrição, baixa mortalidade infantil, anos de escolaridade, crianças matriculadas em escolas, energia para cozinhar, saneamento, água, moradia digna e renda, enuncia o GLOBO.
Se no Brasil são 6 milhões de pessoas privadas de pelo menos três destes indicadores, no mundo são mais de 1,5 bilhões em 99 países onde o relatório foi feito. A Nigéria surge como o país com maior número de pessoas em situação de pobreza, registrando 89% na população total nessas condições.
No Brasil, cerca de um milhão de pessoas, ou 0,5% da população total, vive privado de pelo menos cinco dos indicadores do IPM mas, ainda assim, cerca de 14 milhões de brasileiros (7,4% da população) estão em situação vulnerável, pessoas que são privados de pelo menos três desses indicadores.