"Moratória argentina é iminente e cidadão será prejudicado"

A Argentina vai entrar em “moratória iminente”, que é um “acontecimento doloroso”, e vai "machucar pessoas reais”, disse o advogado americano Daniel Pollack, em duro comunicado, divulgado nesta quarta-feira (30) após o fracasso das negociações entre o governo argentino e os chamados "fundos abutres”. Esses fundos (que representam 7% dos detentores de títulos da dívida argentina) não aderiram às propostas de reestruturação da dívida, depois da moratória de 2001, e entraram na Justiça para cobrar

© Reuters

Mundo Mediador 31/07/14 POR Agência Brasil

Essa sentença favorável aos fundos abutres, ditada pelo juiz Thomas Griesa, desencadeou a atual crise. A Argentina insistiu até o último momento que não podia cumprir a sentença neste ano, alegando que estaria violando os acordos assinados com os credores da dívida reestruturada – que aceitaram receber em 30 anos, com 65% de desconto, e que representam 93% dos credores da dívida argentina. Os acordos têm a cláusula Rufo (Rights Upon Future Offers), traduzida como Direitos sobre ofertas futuras, que vence no dia 31de dezembro, e impede ao país fazer uma oferta melhor aos credores que não aceitaram renegociar.

PUB

O ministro da Economia da Argentina, Axel Kicillof, disse que a violação dessa cláusula poderia resultar em uma avalanche de processos por parte da maioria dos credores, aos quais a Argentina hoje deve US$ 40 bilhões. Se eles pedirem uma renegociação para cobrar a íntegra, como os fundos abutres, a dívida poderia duplicar ou triplicar. Ele também disse que o país já enfrenta processos abertos por outros fundos abutres que – se tiverem sentença favorável – podem exigir o pagamento de US$ 15 bilhões.

“Existem 200 processos iguais a este”, disse o economista Guillermo Nielsen, que participou das propostas de reestruturação da dívida. Ele e outros economistas acham que, apesar de a Argentina não estar  na mesma situação que em 2001, quando enfrentava séria crise e foi obrigada a dar o calote, a moratória vai afetar o bolso dos argentinos.

“O governo federal já estava fora dos mercados financeiros internacionais, desde 2001, mas os governos provinciais e a empresa estatal de petróleo, Yacimientos Petrolíferos Federales, estavam recebendo créditos. Não terão mais", disse, em entrevista à Agencia Brasil, o economista Enrique Swezach. “E o governo contava com uma normalização da situação, porque a realidade hoje é muito mais difícil do que alguns anos atrás, quando o país crescia 8%. O Produto Interno Bruto (PIB) vai sofrer uma queda de 2%, a inflação mensal é 2% e o desemprego aumentou”, segundo ele.

 

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Luto Há 15 Horas

Morre aos 95 anos o ator e comediante José Santa Cruz

tech ESA Há 13 Horas

Sonda da Agência Europeia detecta 'aranhas' em Marte

mundo Titanic Há 16 Horas

Relógio de ouro do homem mais rico no Titanic vai ser leiloado

fama DEBORAH-EVELYN Há 12 Horas

Famosos cometem gafe ao elogiar Deborah Evelyn em foto com marido

tech Ataque Há 12 Horas

Hackers vazam imagens de pacientes de cirurgia nus e prontuários de clínica de saúde sexual

lifestyle Signos Há 12 Horas

Estes são os três signos que adoram ser independentes!

mundo Argentina Há 15 Horas

Bebê morre após ser abandonado pela mãe em stand de carros na Argentina

fama Iraque Há 8 Horas

Influencer iraquiana é morta a tiros em Bagdá

brasil Paraíba Há 11 Horas

Menina de 6 anos tem pinos colocados em perna errada

fama Casais famosos Há 7 Horas

Romances estranhos dos famosos (e que ninguém parece lembrar!)