Ministra diz que Bolsonaro reverá política de isolamento de indígenas

Damares Alves diz que aproximação se daria aos poucos e sem agredir as culturas dos povos

© Valter Campanato/Agência Brasil

Política Política no Brasil 07/12/18 POR Folhapress

Futura chefe do Ministério de Mulher, Família e Direitos Humanos, a pastora Damares Alves disse nesta sexta-feira (7) que concorda com o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), sobre a necessidade de rever a política de isolamento de indígenas.

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A pasta vai abrigar a Funai (Fundação Nacional do Índio), que hoje está na Justiça.

Na semana passada, Bolsonaro voltou a criticar a atual política indigenista e afirmou que vai "proporcionar meios para os índios" se "integrarem à sociedade".

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Questionada sobre declarações feitas por Bolsonaro de que o índio não pode ficar isolado, Damares disse que também questiona a política do isolamento.

"Já dá para a gente rever se isso é o melhor para o índio, a política do isolamento", afirmou. Indagada sobre como isso poderia ser feito, respondeu que se daria aos poucos e sem agredir as culturas dos povos. "Seria aos poucos começar a ingressar estes povos sem agressão alguma à sua cultura, respeitando as especificidades, respeitando, inclusive, aqueles povos isolados. Temos povos isolados. A classificação é: o índio recente contato, índio isolado, índio semi-isolado. [Tem que] Respeitar a classificação de cada um, mas dá para, aos poucos, a gente interagir com os índios do Brasil", afirmou.

Ela acrescentou que isso não mudaria a política de reservas indígenas. Damares afirmou que sua gestão vai fortalecer o papel da mulher indígena e cuidar dos índios com deficiência. Segundo ela, o órgão vai "cuidar do índio como um todo".

Entre seus planos para a Funai estão o de "trazer a mulher indígena para o protagonismo, cuidar do índio com deficiência". "Nós ainda temos povos que eliminam crianças com deficiência", disse Damares ao chegar para reunião no CCBB (Centro Cultural do Banco do Brasil).

Ela destacou a necessidade de formular políticas para os jovens. "O jovem indígena na universidade, vamos ter atenção. Estes meninos vêm pra cidade e têm um choque cultural muito grande na hora de ingressar na faculdade, acompanhar estes meninos. Então, o índio vai ser assim, a pasta toda", afirmou.

Assessora no gabinete do senador Magno Malta (PR-ES), Damares disse que conversou com ele após a indicação. Malta foi preterido por Bolsonaro a um cargo no governo. "Recebi um vídeo dele agora torcendo para que tudo desse certo. O senador é parceiro, o senador é guerreiro, o senador é fonte de inspiração também", disse. Com informações da Folhapress.

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