Grupos LGBTI+ pedem que Bolsonaro reconheça famílias homoafetivas

Integrantes de diversas entidades se reuniram com a futura ministra da Mulher, da Família e Direitos Humanos, Damares Alves

© Valter Campanato/Agência Brasil

Política reunião 21/12/18 POR Folhapress

 

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Representantes de entidades LGBTI+ reuniram-se nesta quinta-feira (20) com a futura titular do Ministério da Mulher, da Família e Direitos Humanos, Damares Alves, e entregaram a ela uma carta com reivindicações, entre as quais, o reconhecimento de famílias homoafetivas pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL).

Participaram da reunião membros da Aliança Nacional LGBTI+ e outras 33 organizações que atuam na defesa dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros e intersexuais.

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No texto de 18 páginas entregue a Damares, eles pedem ao próximo governo para "reconhecer e valorizar a existência das diversas composições de família, inclusive as famílias homotransafetivas, garantindo-lhes acesso às mesmas políticas sociais que as famílias tradicionais".

Toni Reis, diretor-presidente da Aliança Nacional LGBTI+, se disse positivamente surpreso com a receptividade da ministra, que é pastora evangélica, mas já afirmou que, se precisar, estará "nas ruas com as travestis, nas portas das escolas com as crianças que são discriminadas por sua orientação sexual".

Ele disse que Damares se comprometeu a trabalhar pela empregabilidade de pessoas transexuais e contra assassinatos e discriminação. Afirmou também que deixará seu gabinete de portas abertas para o diálogo.

"Não é mimimi. Existe, sim, violência contra nossa comunidade e existe discriminação", afirmou Reis que, assim como outros casais gays, decidiu casar com seu parceiro logo após a eleição de Bolsonaro.

Segundo Toni Reis, a ministra chegou a se emocionar com o depoimento de uma travesti que, de profissional do sexo, chegou a primeira travesti doutora do Brasil.

Ainda segundo o ativista, a futura ministra disse que os direitos civis conquistados pelos LGBTI+ são direitos adquiridos e que não haverá retrocessos.

"Falei que não queremos sexualizar nenhuma criança, não queremos legalizar pedofilia, não queremos destruir a família. Temos que respeitar todas as composições de famílias. E foi muito bacana, foi uma conversa intimista", afirmou Reis.

Apesar do otimismo, o ativista diz saber que os próximos quatro anos não serão "as mil maravilhas"."Vai haver problemas porque, com certeza, a base que elegeu o presidente Bolsonaro é mais conservadora, mas a gente tem que dialogar", disse o representante do grupo.

A reportagem pediu à assessoria de Damares para ouvir a ministra, mas ela manifestou-se apenas por nota.

Disse ter apresentado a estrutura da pasta e que acolheu o documento com as principais reivindicações da comunidade.

"Abre-se uma porta de diálogo entre a comunidade LGBTI+ e o governo Bolsonaro", disse a ministra no comunicado. Com informações da Folhapress.

 

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