EUA planejam retirar metade das tropas do Afeganistão, diz jornal

O número equivale à metade dos cerca de 14 mil que estão no país, e seria o primeiro passo para encerrar o envolvimento dos Estados Unidos em um conflito que já dura 17 anos

© Lucas Jackson/Reuters

Mundo soldados 21/12/18 POR Folhapress

A administração de Donald Trump planeja a retirada de cerca de 7.000 soldados americanos que estão no Afeganistão nos próximos meses, afirmaram nessa quinta-feira (20) autoridades ao jornal The Wall Street Journal.

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O número equivale à metade dos cerca de 14 mil que estão no país, e seria o primeiro passo para encerrar o envolvimento dos Estados Unidos em um conflito que já dura 17 anos - teve início pouco após os atentados de 11 de Setembro.

Segundo o jornal, Trump tomou a decisão no mesmo dia que resolveu retirar os cerca de 2.000 militares americanos que estão na Síria.

Os 14 mil soldados americanos no Afeganistão atuam treinando e aconselhando forças afegãs e uma missão contraterrorista que tem como alvo grupos como o Estado Islâmico e a Al Qaeda.

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A redução seria um esforço para que as forças afegãs dependessem mais de suas tropas, e não do apoio do Ocidente, para conter os grupos extremistas.

Mais de 25 mil soldados afegãos morreram desde que os militares americanos encerraram suas operações de combate, no final de 2014.

O Pentágono não quis se pronunciar.

A retirada dos soldados da Síria e a provável redução no Afeganistão representam uma grande mudança na abordagem militar americana em lugares conflituosos no mundo, avalia o jornal, e refletiriam a aversão de Trump a sustentar confrontos por muito tempo, com custos elevados e mortes de americanos.

"Eu acho que mostra quão sério o presidente é sobre querer sair de conflitos", afirmou um oficial americano ouvido pelo Journal. "Eu acho que ele quer ver opções viáveis sobre como encerrar os conflitos."

Nesta quinta, o secretário de Defesa, Jim Mattis, apresentou sua carta de renúncia ao presidente alegando que suas visões não estavam "alinhadas" às de Trump.

Na mensagem, Mattis afirma que suas visões sobre tratar aliados com respeito e também manter os olhos abertos a agentes malignos e competidores estratégicos são firmes e baseadas em quatro décadas de imersão no assunto.

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"Porque você tem direito de ter um secretário de Defesa cujas visões são melhor alinhadas com as suas nesses assuntos e em outros, eu acredito que é certo para mim deixar minha posição", escreveu.

O plano de retirar os soldados atende a promessas de campanha feitas por Trump e também faz parte de sua estratégia de "América Primeiro" em relação a envolvimentos no exterior.

A decisão de retirar as tropas na Síria foi amplamente criticada por democratas e republicanos no Congresso, e também por especialistas em segurança nacional. É provável que o mesmo ocorra quando o anúncio envolvendo o Afeganistão for oficializado.

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No Afeganistão, os EUA fazem parte de uma missão da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) que inclui outros países. Por isso, a retirada deve envolver deliberações.

Nos últimos dois meses, seis soldados americanos morreram no conflito. No ano, são 14 os militares do país mortos no Afeganistão.

O número de soldados americanos no Afeganistão atingiu o pico de mais de 100 mil em 2010. Quatro anos depois, o então presidente, Barack Obama, anunciou o fim das principais operações de combate no país, reduzindo as tropas para cerca de 10 mil em 2015.

Em 2017, Trump enviou 3.000 soldados ao Afeganistão, levando ao patamar atual de 14 mil. Com informações da Folhapress.

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