Gastos obrigatórios vão extrapolar teto em R$ 22 bi em 5 anos

É o que mostra estudo divulgado pela Conof (Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira)

© Bruno Domingos/Reuters

Economia Previsão 26/12/18 POR Folhapress

Sem a revisão dos gastos públicos, a partir de 2022, os gastos obrigatórios estarão R$ 22,3 bilhões acima do teto. É o que mostra estudo divulgado pela Conof (Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira)

PUB

Segundo a Conof, o crescimento continuado das despesas obrigatórias nos últimos anos vai pressionar o teto de gastos do Poder Executivo, e poderá exigir que o legislativo aja para haver uma contenção e revisão de despesas obrigatórias.

Entre 2010 e 2018, as despesas públicas obrigatórias apresentaram um aumento real (acima da inflação) acumulado de 35,6%.

De acordo com a consultoria, que presta serviços e assessoramento para Câmara dos Deputados e Senado, os problemas já poderão ser vistos em 2020, quando a parcela do orçamento livre para movimentação pelo governo será negativa. Ou seja, em um ano o orçamento estará totalmente ocupado por gastos que não poderão ser cortados ou comprimidos.

Para conter o aumento da despesa obrigatória, o estudo sugere um cenário alternativo, com medidas de redução de gastos, como a revisão de auxílios-doença judiciais do INSS; auditoria nos benefícios rurais; correção do salário mínimo apenas pela inflação passada; limite ao reajuste do funcionalismo; e redução das despesas do Executivo com aluguéis de imóveis.

+ Em meio a protestos, Câmara de SP aprova reforma da Previdência

As propostas sugeridas levariam a uma redução de despesas de R$ 497,2 bilhões.

Nesse cenário alternativo, o teto de gastos seria cumprido. Por outro lado, a margem discricionária líquida seria positiva apenas até 2021.

Segundo os responsáveis pelo estudo, uma melhoria definitiva das contas só virá com reformas, como a previdenciária.

"O que se pode concluir, tão somente, é que o cenário alternativo ampliaria o fôlego fiscal do Poder Executivo para a implementação de reformas estruturantes que aprimorem a racionalização do gasto público", afirma o estudo.

O estudo "Projeções orçamentárias" faz ainda uma análise das renúncias tributárias e dos riscos fiscais da revisão da Lei Kandir, que está sendo debatida no Congresso Nacional.

O texto ainda aborda a reavaliação dos benefícios fiscais, de forma a baixa-lo de 4% para 3,5% do PIB. Em valores absolutos, essa redução representaria uma economia potencial da ordem de R$ 40 bilhões. Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Jojo Todynho Há 17 Horas

Jojo Todynho veste roupa que usava antes de perder 50kg. "Saco de batata"

mundo EUA Há 16 Horas

Criança morre após ser forçada a correr em esteira pelo pai

brasil Herança Há 19 Horas

Viúvo de Walewska cobra aluguel para que sogros morem em imóvel da filha

brasil Rio Grande do Sul Há 19 Horas

Governador do RS alerta para "maior desastre da história" do estado

fama Brian McCardie Há 18 Horas

Morre Brian McCardie, ator da série Outlander, aos 59 anos

brasil MORTE-SC Há 18 Horas

Adolescente de 14 anos morre após ser picado por cobra venenosa em SC

fama Bastidores da TV Há 10 Horas

Bianca Rinaldi relata agressões de Marlene Mattos: "Humilhação"

mundo Londres Há 17 Horas

Responsável por ataque com espada em Londres tem cidadania brasileira

fama Isabel Veloso Há 19 Horas

Marido de influencer com câncer terminal: 'Finjo que não vai acontecer'

esporte Arábia Saudita Há 18 Horas

Sem folga: Al Hilal treina após garantir vaga na final; veja as imagens