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O novo presidente do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), Roberto Leonel, afirmou que o órgão terá liberdade total para atuar, inclusive em episódios que envolvam pessoas do novo governo de Jair Bolsonaro.
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Ele falou após a cerimônia de transmissão de cargo de Sergio Moro, novo ministro da Justiça, pasta à qual o órgão agora passa a responder -até hoje fazia parte do ministério da Fazenda.
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Nas últimas semanas, o conselho virou protagonista em um nebuloso caso envolvendo a família Bolsonaro.
Um relatório produzido pelo Coaf em desdobramento da Operação Lava Jato no Rio indicou movimentação financeira atípica de um ex-assessor do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL), que é filho do presidente e senador eleito.
O ex-assessor parlamentar e policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, de acordo com o documento.
Uma das transações de Queiroz citadas no relatório é um cheque de R$ 24 mil destinado à nova primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
"[Teremos] Liberdade total", afirmou Leonel. "Mesmo desse [governo]", respondeu.
De acordo com ele, se novas informações chegarem sobre o caso, elas serão alimentadas no sistema.
"O que tinha de informações no banco de dados, foi passado. Se as entidades ou pessoas obrigadas fornecerem mais informações, é só uma questão de alimentação do sistema", disse o presidente.
"Eu não participei, não sei. Não vou comentar casos específicos. Só sei pela imprensa desse caso", acrescentou.
De acordo com o novo chefe do órgão, a ideia é aumentar a estrutura do Coaf com pelo mais mais 15 ou 20 pessoas para a equipe. Atualmente, 37 pessoas fazem parte do conselho. Com informações da Folhapress.