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O peso das manifestações populares contra o regime de Blaise Compaoré levaram o presidente de Burkina Fasso a anunciar que iria abdicar do cargo. O líder do governo anunciou a renúncia e pediu, em comunicado à nação, um período de transição de pelo menos 90 dias.
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A saída de Compaoré já teria sido confirmada pelo Exército junto dos manifestantes na capital Uagadugu, que aplaudiram o sucesso dos protestos. Os atos populares, no entanto, tiveram consequências negativas. Pelo menos 30 pessoas morreram em confrontos com as forças policiais e cerca de outras 100 pessoas ficaram feridas.
Os protestos, que começaram de forma pacífica, se tornaram mais violentos nessa quinta-feira quando um grupo de manifestantes invadiram o Parlamento de Burkina Fasso para impedir a votação da emenda constitucional, proposta pelo governo, que daria a Blaise Compaoré mais um mandato presidencial.
Com o afastamento do ditador, fruto de vontade popular e de um golpe militar, o país terá um governo interino até às eleições de 2015. O ex-presidente, no entanto, ficará no governo de transição, que terá uma duração de aproximadamente 12 meses. A situação voltou a acender os ânimos dos burquinenses, refere a Folha.