Fusão entre Embraer e Boeing passará por aval de acionistas

Uma vez recebida a autorização do governo, o conselho de administração da companhia irá ratificar a proposta

© Divulgação

Economia Negócio 11/01/19 POR Folhapress

Mesmo com o aval dado por Jair Bolsonaro (PSL) à fusão entre Embraer e Boeing, a operação só deverá se concretizar dentro de, pelo menos, nove meses.

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Uma vez recebida a autorização do governo, o conselho de administração da companhia irá ratificar a proposta, nos próximos dias, e convocar uma assembleia de acionistas, que ocorrerá dentro de 30 dias a partir da convocação. 

+ Ações da Embraer sobem com força após aval de Bolsonaro a acordo

Só com o aval dos acionistas é que os documentos finais da fusão poderão ser assinados pelas empresas. 

Ainda assim, as companhias não poderão passar a trabalhar em conjunto de fato. Isso só ocorrerá a partir da aprovação das autoridades reguladoras no Brasil e internacionais -o que deve levar de oito a dez meses, segundo estimativa da Embraer. 

A aprovação de Bolsonaro, porém, é considerada um importante passo para a operação, já que a União detém uma golden share, ou seja, uma ação especial que dá direito a veto em questões estratégicas, como a fusão. 

O governo tinha até o dia 16 de janeiro para se manifestar quanto à operação, mas antecipou seu posicionamento. 

A notificação sobre o negócio foi recebida pelo governo brasileiro no dia 17 de dezembro, ainda na gestão do ex-presidente Michel Temer. O prazo para análise da operação era de 30 dias e se encerraria na próxima semana.

As negociações entre Boeing e Embraer foram iniciadas há um ano. Pela proposta, a Boeing pagará US$ 4,2 bilhões aos brasileiros para formar a NewCo.

A Boeing deterá 80% desta empresa. No acordo firmado entre as duas companhias, a Embraer pode se desfazer totalmente dos 20% que deterá da chamada NewCo, a nova companhia que produzirá a atual linha de jatos regionais e desenvolverá novos modelos.

Pelos termos do acordo, as áreas de aviação executiva, defesa e segurança continuam 100% sob controle da Embraer.

Também será formada uma joint venture específica para a comercialização de novos contratos do cargueiro militar KC-390, um dos produtos mais promissores da Embraer nesse setor.

+ Sindicatos se organizam para travar operação entre Boeing e Embraer

Nessa empresa, 51% pertencerão à Embraer, e os outros 49% serão da Boeing. Em documento distribuído à imprensa após o anúncio, o governo informou que serão mantidos os empregos atuais da companhia no Brasil, assim como a capacidade do corpo de engenheiros.

O negócio já foi alvo de ações na Justiça contestando a fusão. Na quarta-feira (9), o PDT ajuizou uma ação civil pública na Justiça de Brasília para suspender a venda do controle da divisão comercial da Embraer para a Boeing.

Na Justiça Federal em São Paulo, decisões contra a fusão já foram derrubadas pelo TRF-3 (Tribunal Regional Federal).

A fusão da empresa brasileira com a Boeing era vista como essencial para que a Embraer não tivesse dificuldades no mercado mundial de aviação.

Sua maior concorrente, a canadense Bombardier, teve a linha de jatos regionais comprada pela europeia Airbus em 2017. Com informações da Folhapress. 

Leia também: BC: Reformas são essenciais para manter inflação baixa a longo prazo

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