Ex-diretor da Petrobras é preso pela Polícia Federal

O ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, foi preso pela Polícia Federal (PF) na madrugada de hoje, no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, ao desembarcar de um voo proveniente de Londres, divulgou a imprensa brasileira.

© DR

Brasil Nestor Cerveró 14/01/15 POR Agência Brasil

Cerveró esteve à frente da compra dos 50% iniciais da refinaria de Pasadena, no Texas, nos Estados Unidos, em 2006.

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O Tribunal de Contas da União (TCU) indicou que este negócio causou uma perda de 792 milhões de dólares (673,7 milhões de euros) à estatal brasileira.

O advogado do ex-diretor da Petrobras, Edson Ribeiro, citado pela Folha, disse não saber "a fundamentação da decretação da prisão preventiva" realizada pela PF, acrescentando que quando tiver acesso ao decreto entrará com pedido de 'habeas corpus'.

O Ministério Público Federal (MPF) informou hoje que pediu a prisão preventiva "porque há fortes indícios de que Cerveró continua a praticar crimes, como a ocultação do produto e proveito do crime no exterior e pela transferência de bens (valores e imóveis) para familiares".

Além disso, segundo o MPF "há evidências de que o ex-diretor buscará frustrar o cumprimento de penalidades futuras".

O órgão afirmou, ainda, que o ex-diretor da Petrobras, após o recebimento da denúncia e durante o recesso do Judiciário, tentou transferir para sua filha 500 mil reais (160,7 mil euros), mesmo que tal operação financeira incorresse em perda de mais de 20%, segundo dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), órgão ligado ao Ministério da Fazenda).

Cerveró teria também recentemente transferido, do seu nome para terceiros, três apartamentos adquiridos com recursos "de origem duvidosa".

Em dezembro, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, recebeu a denúncia do Ministério Público Federal e mandou abrir uma ação penal contra Cerveró -- que já depôs no Congresso Nacional no caso da Petrobras - pelas acusações de corrupção e lavagem de dinheiro.

De acordo com o despacho do juiz, a denúncia encaminhada ao judiciário pelo Ministério Público Federal descreve os contratos fechados pela Petrobras mediante ações de suborno.

A operação Lava Jato, que começou em março, está a ser executada pela Polícia Federal brasileira e já resultou na detenção de dois ex-diretores da Petrobras, chegando ainda a inúmeros executivos ligados a empreiteiras.

A operação iniciou-se em torno de uma rede de branqueamento de capitais e envio ilegal de dinheiro para o exterior, que levou à prisão do "doleiro" (que realiza câmbio de dinheiro de forma ilegal) Alberto Youssef.

A partir da sua lista de clientes, os agentes chegaram a uma série de outros nomes, incluindo políticos e executivos da Petrobras.

Um dos primeiros detidos na operação, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, fez um acordo de delação premiada e tem colaborado nas investigações.

O esquema de corrupção na petrolífera brasileira teria movimentado cerca de 10 mil milhões de reais (cerca de 3,1 mil milhões de euros).

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