Após reunião com Guedes, setor siderúrgico pede competitividade

Encontro durou mais de duas horas

©  Marcos Corrêa/PR

Economia pleito 30/01/19 POR Agência Brasil

Representantes do setor siderúrgico se reuniram hoje (29), em Brasília, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e alguns dos principais secretários da pasta. Durante a reunião de mais de duas horas de duração, os executivos manifestaram o receio de que o governo federal leve adiante a proposta de promover a abertura comercial sem antes corrigir o que classificam como “assimetrias competitivas”, que encarecem o produto nacional.

PUB

“Não queremos nenhum grau de protecionismo. Queremos ter a possibilidade de competir em condições de igualdade com os importados”, disse o presidente do Instituto Aço Brasil, Marcos Polo de Mello Lopes, a jornalistas após o fim do encontro. “O que vemos, hoje, no Brasil, é uma inversão de tudo o que podíamos imaginar como razoável. A indústria brasileira investe, se capacita e o importado é que é beneficiado através dos impostos”.

Ainda segundo o presidente do instituto, o setor siderúrgico não é contrário à abertura comercial, mas pede que, antes, sejam corrigidas as tais “anomalias competitivas”, como a cumulatividade de impostos, alto custo da energia e patamar dos juros – ou seja, uma série de custos de produção que compõem aquilo a que os especialistas chamam de Custo Brasil.

“O empresário brasileiro tem um grilhão que são os impostos; outro que são os juros; um piano nas costas que são os encargos trabalhistas e alguém grita: corre que o chinês vai te pegar”, disse Lopes, repetindo a declaração do próprio ministro Paulo Guedes e que, segundo o executivo, expressa de maneira muito objetiva a realidade do empresário brasileiro.

O presidente do instituto disse que a abertura comercial é bem-vinda, embora o setor discorde um pouco do conceito. Ele explicou que é importante que as assimetrias competitivas sejam corrigidas, considerando as dificuldades que o custo de produção nacional impõe para a siderurgia nacional enfrentar a concorrência internacional.

“Estamos falando de uma perda de competitividade de US$ 80 por tonelada de aço. Se pegar o que representa a parte dos impostos cumulativos, chego na ponta para exportar o aço com 7% de imposto embutido”, disse Lopes. “Precisamos ter juros competitivos, eliminar os impostos cumulativos. A Reforma Tributária pode fazer isso? Pode, mas quanto tempo demora para aprovar uma reforma tributária? É preciso ter cuidado no timing [tempo]. Não posso abrir a economia sem antes corrigir o Custo Brasil”.

O executivo disse que o ministro Paulo Guedes, que deixou o local sem falar com os jornalistas, pareceu ter acolhido bem as sugestões do instituto. Com informações da Agência Brasil. 

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Rio Grande do Sul Há 9 Horas

Grávida, Miss Brasil 2008 está desaparecida há 3 dias após chuvas no RS

brasil enchentes no Rio Grande do Sul Há 10 Horas

Aeroporto de Porto Alegre suspende voos por tempo indeterminado

brasil Brasil agora mesmo

Pastor assume que beijou filha na boca: "Que mulherão! Ai, se eu te pego"

justica Santos Há 2 Horas

Homem é flagrado abusando sexualmente de moradora em situação de rua

brasil justa causa Há 9 Horas

Bancária é demitida ao postar foto no crossfit durante afastamento médico

justica São Paulo Há 9 Horas

Corpo achado em matagal é de adolescente que sumiu ao comprar lanche

mundo Guerra Há 22 Horas

Israel vai invadir Rafah se Hamas não aceitar acordo em até 1 semana, diz jornal

brasil enchentes no Rio Grande do Sul Há 2 Horas

Sobe para 57 o número de mortos em temporais do RS

mundo EUA agora mesmo

Criança morre após ser forçada a correr em esteira pelo pai

lifestyle Ozempic Há 9 Horas

'Seios Ozempic' entre os possíveis efeitos colaterais do antidiabético