Executivos da Vale e engenheiros deixam a penitenciária

Eles estavam detidos desde o dia 29 de janeiro e são investigados no processo que apura as causas do rompimento da barragem de Brumadinho

© REUTERS

Brasil Justiça 07/02/19 POR Estadao Conteudo

Dois dias depois de habeas corpus concedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), os executivos da Vale e os engenheiros de uma empresa terceirizada investigados dentro do processo que apura as causas da ruptura da barragem em Brumadinho, no último dia 25, deixaram na tarde desta quinta-feira, 7, a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

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A decisão inicial da Justiça em Brumadinho era de que a prisão fosse por, no mínimo, 30 dias. Todos saíram tampando os rostos.

+ Leia outras notícias sobre a tragédia em Brumadinho

Os executivos da Vale que estavam presos são Cesar Augusto Paulino Grandchamp, geólogo, Ricardo de Oliveira, gerente de Meio Ambiente do Corredor Sudeste, e Rodrigo Artur Gomes de Melo, gerente executivo do Complexo Paraopeba da Vale. Os engenheiros terceirizados, que atestaram estabilidade da barragem, são André Yassuda e Makoto Mamba.

Foram dois dias de um intenso entra e sai de advogados do grupo na Nelson Hungria. Na noite desta quarta, 6, por volta das 21 horas, dois carros chegaram a ser posicionados depois da guarita do complexo, próximo ao portão da penitenciária, para apanhar os engenheiros e executivos. A intenção era evitar contato com a imprensa. Outros veículos ficaram em área próxima à cadeia.

Antes, por volta das 20 horas, três carros, sob orientação de advogados, se posicionaram na cancela que fica em frente à guarita da entrada da prisão e tiveram ordem de agente de segurança para que recuassem. Foram informados que apenas um carro por advogado poderia se aproximar do portão. Um dos motoristas se irritou com a presença de repórteres.

Por volta das 23 horas, os dois carros próximos ao portão deixaram a penitenciária. Os três veículos que estavam próximos à Nelson Hungria também foram embora. A Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) afirmou que a saída não aconteceu antes porque os alvarás de soltura não chegaram à penitenciária. Conforme o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, um problema técnico no sistema eletrônico da Comarca de Contagem atrasou a emissão dos alvarás.

Conforme o relator da decisão do STJ pela soltura do grupo, ministro Nefi Cordeiro, a saída dos engenheiros, que trabalham para a empresa Tüv Süd, e dos funcionários da Vale se justifica porque todos prestaram declarações, além de já terem sido feitas buscas e apreensões, e não ter sido detectado risco que pudessem oferecer à sociedade.

Na última sexta-feira, 1º, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) havia negado habeas corpus para os funcionários da mineradora e engenheiros terceirizados. As prisões ocorreram a pedido do Ministério Público em operação para apurar suspeita de homicídio, falsidade ideológica e crimes ambientais no rompimento da barragem.

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