Em carta a Maduro, Papa critica obstáculos a mediação

Francisco não se referiu ao líder chavista como "presidente"

© REUTERS / Remo Casilli (Foto de arquivo) 

Mundo Venezuela 13/02/19 POR ANSA

O papa Francisco enviou uma carta ao presidente em exercício da Venezuela, Nicolás Maduro, na qual reclama da falta de "gestos concretos" nas tentativas anteriores da Igreja Católica de mediar os conflitos no país latino.

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A correspondência foi revelada pelo jornal italiano Corriere della Sera nesta quarta-feira (13) e data de 7 de fevereiro, dois dias depois de o Pontífice ter cogitado a hipótese de uma mediação da Santa Sé na crise venezuelana, caso esse fosse um desejo do governo e da oposição.

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No último dia 4, Maduro disse ter mandado uma mensagem a Jorge Bergoglio pedindo ajuda para instaurar um diálogo político no país, mas a carta de Francisco indica ceticismo por parte do Vaticano.

Na correspondência, segundo o Corriere della Sera, o Papa se dirige ao "excelentíssimo senhor Nicolás Maduro", evitando usar a palavra "presidente". O texto tem duas páginas e meia e relembra as reiteradas tentativas do Vaticano de facilitar o diálogo na Venezuela.

"Infelizmente, todas foram interrompidas porque o que havia sido acordado nas reuniões não foi seguido de gestos concretos. E as palavras pareciam deslegitimar os bons propósitos que haviam sido colocados por escrito", escreveu o líder católico.

Bergoglio acrescentou que sempre foi a favor do diálogo, mas desde que "as duas partes colocassem o bem comum acima de qualquer outro interesse e trabalhassem por união e paz". "A Santa Sé assinalou claramente quais eram os pressupostos para que o diálogo fosse possível", disse, citando a exigência de se evitar "qualquer forma de derramamento de sangue".

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Considerado ilegítimo por boa parte da comunidade internacional, incluindo Estados Unidos, Brasil e mais da metade da União Europeia, Maduro também enfrenta a oposição dos bispos venezuelanos, mas o Vaticano tentou em diversas ocasiões exercer um papel de mediador.

O objetivo da Santa Sé era repetir o sucesso de seu envolvimento na reaproximação entre Cuba e Estados Unidos e nas negociações de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Nesta semana, a Secretaria de Estado do Vaticano recebeu uma delegação enviada pelo autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, e disse torcer por uma "solução justa e pacífica para superar a crise". (ANSA)

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