Jornalista filipina premiada é presa acusada de difamação em reportagem

Maria Ressa, editora executiva do Rappler, é acusada de difamação virtual por um artigo de 2012, que relacionou um empresário a assassinatos e tráfico

© Eloisa Lopez/Reuters

Mundo imprensa 13/02/19 POR Folhapress

Uma premiada jornalista filipina, fundadora de um site de notícias conhecido por reportagens que investigam o governo do presidente Rodrigo Duterte, foi presa nesta quarta-feira (13) sob a acusação de difamação, em mais um caso judicial de uma série contra adversários do governo.

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Maria Ressa, editora executiva do Rappler, é acusada de difamação virtual por um artigo de 2012, atualizado em 2014, que relacionou um empresário a assassinatos e tráfico de pessoas e de drogas, com base em informações contidas em um relatório de inteligência de uma agência não identificada.

A filipina foi escolhida pela revista americana Time como uma das "Pessoas do Ano 2018", por seu trabalho de "noticiar, de forma destemida, a máquina de propaganda de Rodrigo Duterte e suas execuções extrajudiciais", em referência à sangrenta guerra às drogas conduzida pelo governo.

Ela foi detida na sede do Rappler e deu entrevista ao chegar ao edifício da polícia federal em Manila. "As pessoas precisam saber que uma linha foi cruzada", disse Ressa, acrescentando que vai pedir liberdade sob fiança.

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O ministério da Justiça deu ganho de causa ao empresário, que nega ter cometido crimes.

O porta-voz da presidência, Salvador Panelo, disse que a fundadora do Rappler não está sendo punida por seu trabalho. "Isso não tem nada a ver com liberdade de expressão ou de imprensa", disse ao canal ANC.

A prisão de Ressa foi condenada pela União Nacional de Jornalistas das Filipinas, que denuncia um ato de "perseguição" por parte do governo, que "demonstra que pode ir muito longe para forçar o silêncio dos meios críticos".

Criado em 2012, o Rappler, como outros meios de comunicação, entrou na mira do presidente Rodrigo Duterte pela cobertura crítica da guerra às drogas -que, segundo entidades de direitos humanos, já deixou mais de 12 mil mortos desde 2016.

O site e Maria viraram alvo preferencial do governo filipino, após série de reportagens sobre como Duterte e seus aliados usaram contas falsas em mídias sociais e pagaram trolls para disparar mensagens em massa e manipular a opinião pública. Com informações da Folhapress.

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