Em crise financeira, Unesp suspende vestibular de meio de ano

O número de vagas representava só 5% da quantidade ofertada no vestibular do fim do ano

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Brasil Educação 14/02/19 POR Folhapress

A Unesp (Universidade Estadual Paulista) anunciou a suspensão do vestibular do meio do ano, nesta terça-feira (12). A medida já extingue a prova que seria aplicada em meados de 2019 - a avaliação será conjunta com o vestibular de verão, tanto para início das aulas em fevereiro quanto em agosto.

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O número de vagas representava só 5% da quantidade ofertada no vestibular do fim do ano. Mas demandava, segundo a universidade, a mesma logística. No processo seletivo, eram selecionados 360 calouros de nove cursos de graduação de engenharia, para os campi de Bauru, Ilha Solteira, Registro, São João da Boa Vista e Sorocaba.

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A decisão de reorganizar o vestibular faz parte do plano de estruturação administrativo e acadêmico feito pela Unesp no segundo semestre do ano passado para tentar driblar a forte crise financeira enfrentada pela instituição pelo menos desde 2014 - a exemplo de outras duas universidades estaduais (USP e Unicamp).

Quase a totalidade dos repasses recebidos pelo estado têm sido comprometidos com a folha de pagamento de ativos e aposentados. Reservas financeiras têm garantido a sobrevivência das instituições neste período, mas elas já estão no fim.

Na Unesp, 97% dos R$ 2,16 bilhões recebidos foram pagos com salários, em 2017. A projeção para o ano passado era de que esse percentual ficasse em 93%. O déficit nas contas da universidade era de R$ 300 milhões e, pelo segundo ano consecutivo, os servidores ficaram sem ver o 13º salário em dezembro -em Botucatu, houve greve em janeiro. 

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No dia 22 de janeiro, o Conselho Universitário (instância máxima da instituição) aprovou uma indicação de parcelamento do 13º, que deve pago 50% em fevereiro e a outra metade maio. 

A proposta de reestruturação, que visa aumentar a eficiência e reduzir os custos, ainda prevê eliminação de órgãos administrativos, departamentos acadêmicos, ou mesmo a oferta de cursos, que sejam considerados redundantes.

A reitoria também propôs aproveitar como opção de ingresso os resultados da avaliação oficial da rede estadual de São Paulo, o Saresp. A Unesp conta com sistema de cotas e, desde 2017, mais de 50% de ingressantes vieram de escolas públicas. Entretanto, o percentual total de egressos de escolas públicas matriculados nos cursos, em junho de 2018, corresponde a 43%.

A Unesp tem 53 mil alunos, divididos por 34 unidades. São 3.631 professores e 6.449 servidores. O caráter descentralizado de unidades em várias cidades é apontado como um dos maiores desafios de gestão da universidade. Com informações da Folhapress. 

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