Agência americana revisará processos de barragens da Vale

US Corps of Engineers é responsável por supervisão dessas construções nos Estados Unidos

© REUTERS

Brasil Após Brumadinho 14/02/19 POR Folhapress

O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, afirmou nesta quinta-feira (14) que a agência americana US Corps of Engineers será responsável por revisar todos os processos de barragens da mineradora após o desastre em Brumadinho (MG).

PUB

"A Vale humildemente reconhece que seja lá o que a gente vinha fazendo, não funcionou", afirmou em depoimento à comissão externa da Câmara que trata da tragédia. 

+ Estudo da Vale cita indenização por morte em R$ 9,8 milhões

A agência americana também poderá colaborar em melhorias do código de mineração. O US Corps of Engineers  é responsável pelas avaliações de risco das barragens nos Estados Unidos.

O rompimento da barragem em 25 de janeiro deixou, até o momento, 166 mortos e 155 desaparecidos. 

Segundo Schvartsman, a mineradora "não pode ser condenada por um acidente, por maior que tenha sido a tragédia". 

O presidente da empresa afirmou ainda que a barragem não apresentava risco iminente de rompimento e que teria sido a primeira vez que uma estrutura desativada -como estava a de Brumadinho, desde 2015– se rompeu. 

Schvartsman também afirmou que os gestores locais têm autonomia para tomar decisões em caso de perigo iminente, sem passar por outras instâncias da empresa. 

A Folha de S.Paulo revelou que o plano de emergência da barragem previa que, em caso de rompimento da barragem, a lama destruiria as áreas industriais da mina de Córrego do Feijão, incluindo o restaurante e a sede da unidade.

O relatório é usado pelo Ministério Público de Minas Gerais em ação civil pública em que pede a adoção de medidas imediatas para evitar novos desastres, já que dez barragens, incluindo a de Brumadinho, estariam em situação de risco, segundo o documento da própria mineradora. 

A Vale questiona a Promotoria e diz que o estudo indica estruturas que receberam recomendações de manutenção, as quais já estariam em curso. A empresa defende ainda que a barragem de Brumadinho não corria risco iminente.

Após o rompimento, os rejeitos de minério de ferro atingiram uma área administrativa da empresa, onde havia cerca de 300 funcionários e colaboradores, e também uma zona residencial de Brumadinho.

O rompimento liberou cerca de 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos, que entraram no rio Paraopeba.A estimativa é a de que esse volume represente um quarto do que foi liberado no acidente com a barragem de Fundão, em Mariana, que pertencia à Samarco, empresa controlada pela Vale e pela BHP Billiton.

Na ocasião, em novembro de 2015, 19 pessoas morreram, e milhares foram atingidas pelos estragos do rastro de lama, que contaminou o rio Doce e chegou até o litoral do Espírito Santo, matando animais e prejudicando o abastecimento de água. Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo Insólito Há 9 Horas

Viúvo casa com sogra e cerimônia é organizada pelo sogro; entenda

mundo RÚSSIA-UCRÂNIA Há 8 Horas

Putin ameaça ataque nuclear contra o Ocidente na Ucrânia

mundo México Há 10 Horas

Três turistas são mortos e jogados em poço em viagem de surf no México

mundo França Há 3 Horas

Jovem mata a avó com serra elétrica e tenta esconder corpo no galinheiro

politica Bolsonaro Há 9 Horas

Bolsonaro volta a ser internado em Manaus após infecção na perna e no braço

brasil Rio Grande do Sul Há 10 Horas

Quase 850 mil pessoas são afetadas por chuvas no Rio Grande do Sul

mundo EUA Há 11 Horas

Polícia surpreende homem que queria companhia para festejar aniversário

brasil CHUVA-RS Há 12 Horas

Temperaturas caem e RS terá onda de frio a partir de quarta-feira (8)

mundo Espanha Há 5 Horas

Jovem morre atropelado por metrô após descer à linha para urinar

fama Betinho Há 11 Horas

Morre o cantor Betinho, sucesso nas trilhas sonoras de novelas