Queda de ministro 'machuca todo mundo', mas é página virada, diz Flávio

"Foi um desentendimento que aconteceu, eu prefiro nem opinar sobre isso", afirmou filho de Bolsonaro

© Adriano Machado / Reuters

Política Declaração 20/02/19 POR Folhapress

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) afirmou que a crise causada pela demissão do agora ex-ministro Gustavo Bebianno é página virada para o governo de seu pai, Jair Bolsonaro. 

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"Foi um desentendimento que aconteceu, eu prefiro nem opinar sobre isso. É página virada para o governo, o importante agora é não ficar pautando isso", disse a jornalistas nesta quarta-feira (20). 

O senador falou após a entrega da proposta de reforma da Previdência no Congresso, e disse que a imprensa deveria ajudar a "focar nas coisas que são importantes".

"Com todo respeito, a imprensa podia também ajudar um pouquinho a focar nas coisas importantes para o país, isso é página virada", afirmou. 

Bebianno caiu após uma crise instalada no Palácio do Planalto com a revelação pela Folha de S.Paulo da existência de um esquema de candidaturas laranjas do PSL para desviar verba pública eleitoral. O partido foi presidido por ele durante as eleições de 2018, em campanha de Bolsonaro marcada por um discurso de ética e de combate à corrupção.

Segundo Flávio, a crise que culminou na queda de Bebianno "machuca todo mundo". "Se percebe que é um assunto que machuca todo mundo, o presidente, o próprio Gustavo", disse.

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O senador negou ainda que haja movimentação para substituir o presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), também apontado como envolvido no esquema das candidaturas laranjas. 

"Não tem crise partidária, a gente toca nossa bola aqui sem problema. Não tem mudança, o presidente Bivar está tocando o partido de forma correta", disse.

Na Câmara, o presidente do PSL, Luciano Bivar, negou que o partido esteja rachado e também descartou a possibilidade de deixar o comando da legenda.

"Não tá rachado, é uma especulação natural da imprensa, mas há uma unicidade enorme do partido", afirmou.

Segundo ele, não existem divergências, mas sim "opiniões". 

Ele citou como exemplo da base do governo a votação de terça-feira (19), quando o governo sofreu sua primeira derrotada na Câmara pelo fato de os deputados terem rejeitado uma proposta que modifica a LAI (Lei de Acesso à Informação), de iniciativa do governo Bolsonaro.

Bivar disse ainda que o PSL estará entre 99% e 100% unido em favor da reforma da Previdência.

O deputado ainda não quis comentar a saída de Gustavo Bebianno da Secretaria-Geral da Presidência. "Isso é um assunto que é diretamente do governo, do Planalto, nosso assunto e do partido, eu não tenho nenhum comentário para fazer isso", afirmou.

O presidente do PSL não quis responder sobre as divergências entre sua fala e a de Gustavo Bebianno sobre a responsabilidade de repasses de recursos públicos a candidaturas de laranjas em Pernambuco, seu estado.

Na semana passada, a Folha de S.Paulo mostrou que o grupo de Bivar criou uma candidata laranja em Pernambuco que recebeu do partido R$ 400 mil de dinheiro público na eleição do ano passado. O comando formal da sigla no estado é do advogado particular e aliado do dirigente da sigla, Antonio de Rueda.

Inicialmente, questionado pela reportagem, Bivar responsabilizou Bebianno, que presidiu o PSL entre janeiro e dezembro de 2018. Já Bebianno, exonerado na segunda-feira (18) do ministério, diz que a responsabilidade pelos repasses a candidatos é do diretório estadual e não do comando nacional do partido.

"Estou indo para uma reunião", afirmou ao ser abordado pela Folha. Depois de a reportagem insistir que ele esclarecesse a divergência sobre a responsabilidade, ele negou a existência de dúvidas.

"Não tem dúvida, que dúvida?", afirmou, sem responder. Bivar negou a existência de candidaturas de laranjas em seu partido.

"Todos os candidatos são legais, todos os candidatos trabalham em função do partido e ganhamos as eleições, isso que importa", disse.

Desde o início da crise política, integrantes da equipe ministerial vinham defendendo o afastamento de Bivar da direção da sigla para evitar que o escândalo contaminasse o presidente. Com a queda de Bebianno, o movimento pela saída de Bivar foi incorporado inclusive por parlamentares da legenda.

Bivar, contudo, nega que vá deixar o comando do PSL.

"Não, nem perto isso ai. Estamos vivendo num estado de direito, onde as instituições partidárias estão funcionando perfeitamente o partido está muito bem, muito unido", disse.

A queda de Bebianno decorreu da maior turbulência política enfrentada pelo governo Bolsonaro, que completou 50 dias de existência nesta terça-feira (19). A saída precoce de Bebianno do Palácio do Planalto preocupa aliados do presidente pelo potencial explosivo de supostas ameaças que ele estaria fazendo nos bastidores.

O ministro não quis comentar o caso de Bebianno, alegando que esse é um "assunto do Planalto".

Bivar saiu ainda em defesa do ministro do Turismo, Marcelo Alvaro Antonio, que presidiu o diretório do PSL em Minas em meio a repasses de dinheiro público para candidaturas de laranjas.

"Ministro do Turismo é um cara corretíssimo, um cara da maior força. O Jair deve muito ao esforço dele em conjunto de outas pessoas com outros agentes para gente mudar isso tudo", disse. Com informações da Folhapress.

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