Comissão de Educação discute doutrinação nas escolas

Na audiência pública Doutrinação Política e Ideológica nas Escolas, ocorrida hoje (24) na Comissão de Educação da Câmara, sugerido pelo deputado Izalci Lucas (PSDB-DF), que é autor de um projeto de lei (PL) que trata, por exemplo, das diretrizes da educação e da proibição de professores utilizarem as aulas para impor ideias políticas ou religiosas.

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Política Ensino 25/03/15 POR Agência Brasil

O professor de sociologia do Departamento de Educação da Universidade de Brasília (UnB) Braúlio Porto de Matos defendeu que o problema da doutrinação começa na formação dos professores, essencialmente esquerdista. Ele citou nomes, entre eles, o de Paulo Freire como um dos autores nos quais os profissionais não deveriam se apoiar, por ser um doutrinador a serviço do governo na época..

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Já o professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Paraná, Luis Lopes Filho, criticou os livros didáticos, que seriam desatualizados e esquerdistas. "Esses livros não entregam o que eles prometem, muitos deles dizem, às vezes citando grande nomes da pedagogia como Paulo Freire, que a prioridade é ensinar a pensar", diz, "mas apresentam questões muito polêmicas sob um único viés".

Ele citou como exemplo o agronegócio, "visto como algo ruim, que desapropria o camponês, provoca inchaço nas grandes cidades, gera desigualdade, produz a fome. Tudo isso são afirmações altamente questionáveis. O êxodo rural não prejudicou a nossa capacidade de abastecer o mercado de alimentos"

Sobre a ausência de professores, pesquisadores, movimentos sociais e outras entidades que apresentassem ideias opostas, na audiência, o deputado Izalci disse que apresentou "alguns nomes, e caberia aos outros deputados sugerir algumas pessoas. Evidentemente, é a primeira audiência pública. Evidente que agora podem haver outras e acho que caberia chamar outros segmentos, para ouvir, sugerir, o importante é o debate".

O secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Manuel Palácios, que participou da audiência, declarou que a escolha do livro didático para as escolas públicas é feita pelos próprios professores e que as obras são selecionadas por mais de mil professores universitários. "Se há um entendimento de que um livro didático não atende à necessidade, se um professor exagerou na maneira como manifesta suas opiniões pessoais ou qualquer outro tema, a comunidade escolar deve ser capaz de discutir", disse, cobrando uma mínima intervenção do Estado, cujo papel é defender o currículo comum. Palácios não acompanhou a audiência até o final.

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