Assessor de Trump: Não temos medo de usar a expressão 'Doutrina Monroe'

Adotada pelos EUA no século 19, doutrina pregava a 'América para os Americanos'

© David Mdzinarishvili/Reuters

Mundo sobre a venezuela 03/03/19 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - John Bolton, assessor de Segurança Nacional do presidente americano Donald Trump, afirmou, durante uma entrevista à rede CNN, neste domingo (3), que o governo não tem medo de usar a expressão "Doutrina Monroe" para defender a democracia no seu hemisfério.

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Questionado pelo apresentador Jake Tapper, do programa "State of The Union", se o apoio dos Estados Unidos a outras ditaduras ao redor do mundo não contradiz a posição adotada em relação à Venezuela, Bolton disse que a situação é diferente por se tratar de um país do mesmo hemisfério.

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"Nessa administração não temos medo de usar a expressão 'Doutrina Monroe'. É um país do nosso hemisfério, e ter um hemisfério completamente democrático sempre foi o objetivo de presidentes americanos desde Ronald Reagan (1981-1989)", afirmou o assessor.

"No fim do ano passado, eu disse que estávamos buscando o fim da tirania. Parte do problema na Venezuela é a ampla presença de cubanos. São entre 20 mil e 25 mil agentes de segurança cubanos, de acordo com relatórios. É o tipo de coisa que consideramos inaceitável e é por isso que defendemos essas políticas", disse.

A "Doutrina Moroe", adotada pelos EUA no século 19, pregava um forte nacionalismo baseado na expressão "A América para os Americanos", com a intenção de se opor às pretensões coloniais da Europa. Posteriormente, ela abriu espaço para justificar intervenções dos EUA na América Latina e no Caribe.

Na entrevista, Bolton disse também que os EUA estão buscando "apoio para a transição pacífica de [Nicolás] Maduro para [o líder oposicionista] Juan Guaidó". Guaidó é reconhecido como presidente interino da Venezuela por cerca de 50 países, incluindo os EUA.

"Muitas pessoas, especialmente no campo político da esquerda, no hemisfério e ao redor do mundo, entendem que o experimento falho de Hugo Chávez e Nicolás Maduro precisa terminar", afirmou. "Eu gostaria de ver a coalizão mais ampla possível para substituir Maduro e todo o regime corrupto. É isso que estamos tentando fazer."

Em setembro, Trump disse que "todas as opções estão sobre a mesa" na Venezuela, o que incluiria uma ação militar para a forçar a saída do ditador Nicolás Maduro do poder.

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