'Precisamos de um Carnaval sem policiamento ideológico', diz Daniela

"Uma dessas prisões, segundo Daniela, está na recente declaração da ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) de que "menina veste rosa e menino veste azul"

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Cultura Cantora 04/03/19 POR Folhapress

MÁRCIA SOMANSÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A cantora Daniela Mercury, 53, sobe nos trios elétricos deste Carnaval entoando sua nova marchinha contra a censura e a favor de que todos saiam do armário. Para ela, a alegria em torno da festa popular é revolucionária e ajuda a tirar a "tensão no ar" trazida pela intolerância. 

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"Eu falo de todos os armários. A gente usa muito esse termo para o público LGBT, mas serve para qualquer pessoa que precise se libertar de um cárcere emocional", afirma, em entrevista à reportagem,  a cantora, autora do recém-lançado "Proibido o Carnaval" ao lado de Caetano Veloso. Para ela, o país passa por um momento de muitas restrições, das quais o Carnaval pode ajudar a se libertar. 

"A gente precisa muito de um Carnaval sem policiamento ideológico ou de comportamento. São tantas prisões em que tentam nos colocar na vida. Não há nada como a arte para tirar a importância das paredes. Quando chega o Carnaval, a música une as pessoas que pensavam estar separadas. "Uma dessas prisões, segundo Daniela, está na recente declaração da ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) de que "menina veste rosa e menino veste azul". A frase é alvo de crítica na letra de sua música com Caetano Veloso. 

"A afirmação da ministra é perigosa e reforça o preconceito contra crianças e adultos que não se encaixam nesse padrão social de feminino e masculino. É justamente a imposição desse padrão que tem gerado imenso sofrimento e violência a quem não se enquadra nele, como, por exemplo, a população de transexuais e transgêneros.

"Além do bloco Crocodilo no domingo (3) e na segunda (4) de Carnaval em Salvador (BA), Daniela trará pelo quarto ano seu Pipoca da Rainha para o pós-carnaval de São Paulo. O trio desfila no domingo (10), com concentração a partir das 15h na rua da Consolação, no centro da cidade."Quando vi que as pessoas estavam tomando as ruas de São Paulo, pensei 'vamos florir a avenida'. Isso aproxima as pessoas, quebra as barreiras, as distinções de classe. Elas vão olhando uma para as outras e percebendo que não estão sozinhas", afirma a cantora. 

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