Chanceler Ernesto Araújo diz que não houve golpe no Brasil em 1964

Com a sua declaração, Araújo se alinha ao presidente Jair Bolsonaro, que determinou que os quartéis brasileiros festejem o aniversário de 55 anos do golpe militar que inaugurou a ditadura

© Adriano Machado/Reuters

Política ministro 27/03/19 POR Folhapress

RICARDO DELLA COLETTA- SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou nesta quarta-feira (27) que não considera que houve, no Brasil, um golpe militar em 1964.

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"Não considero um golpe. Considero que foi um movimento necessário para que o Brasil não se tornasse uma ditadura. Não tenho a menor dúvida em relação a isso", declarou Araújo, durante seu primeiro comparecimento à Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.

Araújo respondeu a uma pergunta do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ).

Com a sua declaração, Araújo se alinha ao presidente Jair Bolsonaro, que determinou que os quartéis brasileiros festejem o aniversário de 55 anos do golpe militar que inaugurou a ditadura que vigorou no Brasil entre 1964 e 1985.

A determinação do presidente da República gerou reações de parlamentares e de entidades, como a Defensoria Pública da União, que ajuizará uma ação civil pública para impedir que a data do 31 de Março seja comemorada nas unidades militares.

Durante seu comparecimento na Comissão de Relações Exteriores, Araújo fez uma defesa da sua gestão no Itamaraty. Ele negou que a política de aproximação com os Estados Unidos represente uma ação de subserviência aos interesses norte-americanos, uma das críticas disparadas por congressistas da oposição.

"Eu acho que o que existia antes era um complexo de inferioridade em relação aos Estados Unidos, no qual tinha-se a sensação de que qualquer cooperação com os EUA viria em detrimento do Brasil", declarou o chanceler. "Esse complexo foi um gigantesco tiro no pé do Brasil durante décadas", acrescentou.

Ele rebateu ainda as queixas de que o Brasil estaria reduzindo a qualidade do seu relacionamento com a China, hoje o principal parceiro comercial do país. Segundo ele, o país não pode atender todos os interesses que os chineses têm no Brasil. "Não teremos entreguismo nem para a China nem para os EUA", declarou o ministro.

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