Rio: MPF pede suspensão de registros de armas por 'pico de homicídios'

O MPF recorreu ao TRF-2 para que a Polícia Federal não registre armas na Baixada Fluminense

© DZackCulver / Pixabay

Justiça Baixada Fluminense 30/04/19 POR Estadao Conteudo

O Ministério Público Federal (MPF) recorreu ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) para que a Polícia Federal não registre armas na Baixada Fluminense "enquanto não houver critérios para aplicar regras previstas no Decreto 9.685/2019 que flexibilizou o registro, posse e comércio de armas". As informações foram divulgadas pela Assessoria de Comunicação do Ministério Público Federal na 2.ª Região (RJ/ES) - Processo nº 5003042-90.

PUB

O Ministério Público Federal quer evitar que "essa flexibilização na análise e concessão de novos Certificados de Registro de Armas de Fogo (CRAF) tenha impacto desproporcional na população da região, que tem altos índices de mortes violentas (56 por 100 mil habitantes), das quais 71,2% por homicídio".

No ano passado, a região teve um aumento de 7,4% nos homicídios em relação a 2017. Em manifestações expedidas para o TRF-2, o Ministério Público Federal ressaltou que "é relevante e urgente suspender a concessão de CRAFs na Baixada Fluminense devido tanto aos altos índices de violência local como à desproporcionalidade do impacto de reversão do desarmamento sobre grupos pobres e negros, que concentram a maior parcela de vítimas de homicídios, segundo dados oficiais de segurança pública".

"O perigo de dano reside no fato de que a não observância dos parâmetros legais de controle na posse de armas pode acarretar o incremento de possuidores de armas de fogo sem prévia análise individualizada, com o risco de provocar o incremento do número de homicídios e a impactos desproporcionais sobre aqueles grupos sociais", sustentou o Ministério Público Federal após ter o pedido liminar negado.

Decisões anteriores

A 2ª Vara Federal de Nova Iguaçu, ma Baixada Fluminense, tinha negado o pedido para suspender de imediato a emissão de novos CRAFs na Polícia Federal local e o recurso contra a decisão será julgado pela 6ª Turma do Tribunal.

Inicialmente, o pleito do Ministério Público também foi negado em uma decisão individual no TRF-2.

Para o Ministério Público Federal na 2ª Região (RJ/ES), "a promessa eleitoral de reverter a política de redução de armas foi chancelada pelo voto popular, mas seu cumprimento deve respeitar o devido processo legislativo, sob pena de flagrante vulneração da separação dos poderes".

Ao pedir que o tribunal reconsidere a decisão individual do relator do processo, a Procuradoria argumentou que "não se pode levar em conta o Decreto de 2019 nos próximos CRAFs porque ele seria contrário a premissas da Lei 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento), havendo assim o avanço do Executivo sobre a competência do Legislativo".

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Rio Grande do Sul Há 9 Horas

Grávida, Miss Brasil 2008 está desaparecida há 3 dias após chuvas no RS

brasil enchentes no Rio Grande do Sul Há 9 Horas

Aeroporto de Porto Alegre suspende voos por tempo indeterminado

mundo Guerra Há 21 Horas

Israel vai invadir Rafah se Hamas não aceitar acordo em até 1 semana, diz jornal

brasil justa causa Há 8 Horas

Bancária é demitida ao postar foto no crossfit durante afastamento médico

justica São Paulo Há 8 Horas

Corpo achado em matagal é de adolescente que sumiu ao comprar lanche

mundo Pensilvânia Há 9 Horas

Mulher morre após ser atingida por cilindro de metal desgovernado

fama Rio de Janeiro Há 8 Horas

Madonna faz show hoje para 1,5 milhão de fãs; saiba tudo do evento

brasil enchentes no Rio Grande do Sul Há 1 Hora

Sobe para 57 o número de mortos em temporais do RS

lifestyle Ozempic Há 8 Horas

'Seios Ozempic' entre os possíveis efeitos colaterais do antidiabético

fama BELO-CANTOR Há 7 Horas

'Ainda não estou bem, mas tenho que superar', diz Belo sobre fim do casamento com Gracyanne