Bolsonaro sanciona lei que muda relação entre BC e Tesouro

O texto será publicado na edição de hoje do Diário Oficial da União (DOU)

© Reuters

Economia Mudança 03/05/19 POR Estadao Conteudo

O presidente Jair Bolsonaro sancionou, sem vetos, na noite desta quinta-feira, 2, a lei que estabelece uma nova relação entre o Banco Central e o Tesouro Nacional. O texto será publicado na edição de hoje do Diário Oficial da União (DOU).

PUB

Um dos principais pontos da proposta é a criação da chamada "reserva de resultado", para evitar a transferência de recursos de um órgão para o outro. Pela dinâmica atual, sempre que o BC obtém lucro com suas contas cambiais - ou seja, com a variação no valor em reais das reservas internacionais e com os resultados apurados em sua posição em swaps - a instituição é obrigada a transferir este valor, em dinheiro, ao Tesouro.

Por sua vez, o Tesouro é obrigado a utilizar estes recursos no pagamento de juros e na amortização da dívida pública. Porém, ao utilizar o lucro do BC para pagar a dívida pública, o Tesouro desloca outros recursos, antes programados para este fim, para o custeio de novas despesas. Na prática, o mecanismo permite a expansão da despesa primária. Ocorre uma espécie de financiamento implícito do BC ao Tesouro.

Na regra atual, quando o BC registra prejuízo nas contas cambiais, o rombo é coberto pelo Tesouro. No entanto, não existe transferência de dinheiro entre as instituições, mas sim de títulos públicos. A emissão de títulos pelo Tesouro acaba elevando a dívida pública.

Com a sanção da lei, sempre que o BC obtiver lucro na conta cambial, estes recursos serão transferidos para uma "reserva de resultado". A parcela do lucro do BC não ligada ao câmbio segue sendo transferida normalmente para o Tesouro. Em momentos de prejuízo com o câmbio, essa reserva servirá para cobrir o rombo, sem que o Tesouro precise emitir títulos públicos para o BC, como ocorre atualmente.

De acordo com o Ministério da Casa Civil, um dos objetivos da medida é afastar possíveis entendimentos de financiamento indireto do Banco Central do Brasil a despesas primárias da União; reduzir o fluxo de recursos transferidos do Banco Central ao Ministério da Economia, e deste para o Banco, a título de transferência de resultados positivos e cobertura de resultados negativos relativos ao balanço do Banco; e minimizar os custos do Tesouro Nacional com o pagamento de juros sobre os títulos públicos na carteira do Banco Central.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Equador Há 19 Horas

Imagens fortes! Vídeo mostra assassinato de Miss Landy Párraga

mundo Kristi Noem Há 18 Horas

Governadora cotada para ser vice de Trump matou a tiros o próprio cão

justica Raul Pelegrin Há 19 Horas

Homem que cortou corda de trabalhador foi espancado antes de morrer

mundo Aviões Há 12 Horas

Piloto alcoolizado leva Japan Airlines a cancelar voo nos EUA

brasil São Paulo Há 11 Horas

Adolescente tem membros amputados após descarga elétrica de 8 mil volts

brasil Brasil Há 17 Horas

Ponte é arrastada pela correnteza enquanto prefeita grava vídeo; veja

fama Demi Moore Há 17 Horas

Filhas de Demi Moore e Bruce Willis combinam biquínis nas férias; veja

esporte Liga dos Campeões Há 17 Horas

Brilho de Vini Jr: Dois gols e uma reverência contra o Bayern de Munique

esporte Ayrton Senna Há 17 Horas

Trinta anos sem Ayrton Senna; relembre momentos marcantes

brasil CHUVA-RS Há 9 Horas

Temporais no RS deixam 10 mortos e 21 desaparecidos