Campanha pela deportação de Greenwald vira grito de guerra da direita

Glenn Greenwald foi o responsável pela divulgação das mensagens trocadas por Moro e Deltan no Intercept

© Reuters

Política Polêmica 11/06/19 POR Notícias Ao Minuto

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Nas primeiras 38 horas desde a revelação das conversas envolvendo o ministro Sergio Moro (Justiça) e o procurador Deltan Dallagnol, pelo site Intercept, a guerra de hashtags no Twitter registrou 60% de menções para os críticos da Lava Jato e 40% para os defensores da operação.

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Os dados foram compilados pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (DAPP-FGV), que faz o acompanhamento rotineiro de assuntos políticos no Twitter.

Somadas, as hashtags #vazajato, #morocriminoso e #lulalivre tiveram 597 mil menções entre as 18h de domingo (9) e as 8h de terça (11). No outro pólo, as que defendem o ex-juiz (#euapoioalavajato e #deportagreenwald) registraram 394 mil citações.

Uma novidade no debate é a campanha nas redes pela deportação do jornalista americano Glenn Greenwald, responsável pelo site. Os diálogos mostram Moro e Deltan discutindo procedimentos e fases da Lava Jato, além de deixarem claro que havia dúvidas nos investigadores sobre o envolvimento de Lula com corrupção no caso tríplex.

A hashtag #deportagreenwald surgiu no início da tarde de segunda-feira (10) e aos poucos foi encorpando. No fim do dia, já estava empatava com #vazajato e #morocriminoso. E ganhava com alguma folga de #lulalivre.

Por volta das 20h30 de segunda, o DAPP-FGV registrou pico de 2.315 menções a cada ciclo de meia hora para a defesa da deportação.

Vivendo no Brasil há anos, Greenwald é casado com o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ). Apesar da gritaria dos lavajatistas e bolsonaristas nas redes, não há nenhum sinal até agora de que o governo esteja planejando alguma medida de proibir sua estada no país.

Em 2004, vale lembrar, o governo Lula ameaçou revogar o visto do jornalista americano Larry Rohter por não ter gostado de reportagem feita por ele no jornal The New York Times sobre os hábitos etílicos do petista, mas depois recuou.

A análise dos dados mostra que houve duas ondas de reação à reportagem do Intercept. O primeiro pico, dos críticos à Lava Jato, chegou a 12 mil menções no Twitter a cada ciclo de meia hora no final do domingo. O segundo, em reação, começou na manhã de segunda.

Essa situação, obviamente, é parcial ainda, visto que Greenwald promete novas revelações. Aguardemos.

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