Mãe de menino morto diz que não perdoará policial

Mãe de menino morto no Alemão diz que não perdoará policial

© DR

Justiça Alemanha 19/04/15 POR Estadao Conteudo

Para Terezinha Maria de Jesus, mãe do menino Eduardo de Jesus Ferreira, morto aos 10 anos no dia 2 de abril no Complexo do Alemão, o retorno "doloroso" à casa onde a família morava antes da tragédia foi apenas um dos momentos difíceis enfrentados durante a reconstituição do crime, na última sexta-feira, 17. Terezinha conta que, na ocasião, reconheceu o policial que ela afirma ter matado Eduardo entre um dos onze PMs que, encapuzados, também participaram da reprodução simulada.

PUB

"Foi horrível. Eu cheguei a ver porque foi ele que disse que poderia me matar assim como matou meu filho", contou. "Vi pela touca, ele é um negro, alto. Foi muito doloroso", recordou a mãe de Eduardo.

Ela afirma que ainda não foi informada pela Polícia Civil sobre a data de uma possível acareação na qual possa reconhecer o PM diante dos investigadores. Mas, quando esse dia chegar, ela espera fazer duas perguntas - e adiantou que não perdoará o policial.

"Eu quero fazer duas perguntas a ele: a primeira é se ele não tem filhos, se ele não é pai", disse. "Aí eu vou fazer a segunda pergunta a ele: se perdoá-lo traria meu filho de volta. Se ele tiver condição de trazer meu filho de volta, eu perdoo ele. Ele é um monstro. O que ele fez não tem perdão", desabafa Terezinha.

Hospedada com a família em um hotel custeado pelo Governo do Estado desde que voltou do Piauí, onde Eduardo foi enterrado no último dia 6, Terezinha lembra que o regresso ao Areal, localidade onde a família morava no Alemão, foi "muito ruim". "Foi muito doloroso. Quando eu cheguei perto de casa, eu desabei no choro, não aguentei".

Terezinha foi uma das testemunhas ouvidas pelos investigadores da Delegacia de Homicídios da capital fluminense durante a reconstituição. A irmã de 14 anos de Eduardo também participou da reprodução simulada. De acordo com o delegado titular da especializada, Rivaldo Barbosa, foram remontadas com os policiais as condições de luminosidade e temperatura verificadas no exato momento em que Eduardo foi baleado, às 17h30. "Nós vamos esperar o laudo dos peritos e eles têm de 15 a 45 dias para nos dar esse laudo", declarou Barbosa na última sexta-feira.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo Insólito Há 12 Horas

Viúvo casa com sogra e cerimônia é organizada pelo sogro; entenda

mundo RÚSSIA-UCRÂNIA Há 10 Horas

Putin ameaça ataque nuclear contra o Ocidente na Ucrânia

mundo França Há 5 Horas

Jovem mata a avó com serra elétrica e tenta esconder corpo no galinheiro

mundo México Há 12 Horas

Três turistas são mortos e jogados em poço em viagem de surf no México

mundo Espanha Há 7 Horas

Jovem morre atropelado por metrô após descer à linha para urinar

politica Bolsonaro Há 11 Horas

Bolsonaro volta a ser internado em Manaus após infecção na perna e no braço

brasil Rio Grande do Sul Há 13 Horas

Quase 850 mil pessoas são afetadas por chuvas no Rio Grande do Sul

mundo EUA Há 5 Horas

Homem dispara contra padre durante missa e arma trava: "Milagre"

mundo EUA Há 13 Horas

Polícia surpreende homem que queria companhia para festejar aniversário

brasil CHUVA-RS Há 14 Horas

Temperaturas caem e RS terá onda de frio a partir de quarta-feira (8)