Guedes e Coaf não esclarecem se Glenn Greenwald é investigado

O ministério não explicou o motivo pelo qual decidiu investigar o jornalista

© REUTERS / Adriano Machado (Foto de arquivo) 

Política Investigação 09/07/19 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) gastou quatro páginas e 155 linhas para responder ao TCU (Tribunal de Contas da União) se está analisando as movimentações financeiras do jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil. Mas não esclareceu o caso.

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Numa resposta a ofício do tribunal que fazia questionamentos sobre eventual pedido da Polícia Federal para que o órgão fizesse um relatório sobre as atividades financeiras do jornalista, seu presidente substituto, Jorge Luiz Alves Caetano, afirmou, de forma genérica, que "o Coaf não realiza investigações, nem mesmo a pedido da Polícia Federal ou de qualquer outro órgão, tampouco analisa financeiramente as contas de pessoas físicas ou jurídicas".Ele explicou, no entanto, que "poderá ocorrer que o Coaf produza um RIF (Relatório de Inteligência Financeira) ao obter, por comunicação feita pela Polícia Federal, algum elemento de informação que se revele, em conjunto com informações já possuídas pelo Coaf, significativo para a identificação de fundados indícios da prática de crime de lavagem de dinheiro ou de qualquer outro ilícito. Em que pese o jargão se referir a esse modelo como 'RIF a pedido', não se trata, a rigor, de um RIF por encomenda. Segue sendo uma autuação desempenhada ex oficio [por imperativo legal]".

O Coaf não esclarece, porém, se fez um RIF sobre Glenn Greenwald nem se recebeu qualquer "elemento de informação" da PF sobre ele.

Já o ministro Paulo Guedes, da Economia, também notificado, afirmou que não tinha sequer conhecimento dos fatos noticiados sobre a suposta investigação e que não orientou nem determinou "nenhuma providência por parte do Coaf em eventuais investigações levadas a efeito".

Greenwald vem coordenando o trabalho do The Intercept Brasil na revelação de mensagens trocadas entre o ministro Sergio Moro, da Justiça, com procuradores da Operação Lava Jato quando ele era juiz.

Os diálogos colocaram em questionamento a imparcialidade de Moro como magistrado e geraram forte reação dele e de procuradores. Eles não reconhecem a veracidade das mensagens e dizem que elas foram obtidas de forma criminosa.

A notícia sobre eventual investigação sobre Greenwald levantou a suspeita de que estaria sendo feita por retaliação às matérias publicadas, o que evidenciaria um ataque à liberdade de imprensa.

Além do TCU, também parlamentares pediram explicações e recorreram ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que eventual investigação contra o jornalista seja paralisada.

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