Conversas entre governo e oposição da Venezuela terminam sem acordo

A reunião aconteceu em Barbados e acabou sem acordo

© REUTERS / Andres Martinez Casares

Mundo Crise 11/07/19 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As conversas entre o governo da Venezuela e a oposição sobre como lidar com a crise política do país terminaram na quarta-feira (10) sem o anúncio de um acordo. "Esta rodada de conversas para o diálogo e a paz em Barbados foi concluída", escreveu no Twitter o ministro da Informação, Jorge Rodríguez, que comandou a delegação do regime de Nicolás Maduro, na noite de quarta-feira, descrevendo os encontros como "um intercâmbio bem-sucedido promovido pelo governo da Noruega".

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Representantes do governo Maduro se encontraram nesta semana em Barbados, como parte das conversas cuja meta é destravar um impasse político resultante da contestada reeleição do ditador em 2018.

Um representante da oposição venezuelana que pediu para não ser identificado disse à agência Reuters que os dois lados podem se reencontrar em Barbados na segunda-feira (15).

A assessoria de imprensa do líder opositor Juan Guaidó, reconhecido por mais de 50 países como o governante legítimo da Venezuela, disse que a oposição emitiria um comunicado sobre as negociações.

O Ministério das Relações Exteriores da Noruega, que mediou conversas anteriores, não quis comentar o progresso das conversas. Nos últimos dias, circularam rumores de que a oposição estava pleiteando uma eleição presidencial dentro de nove meses, sem Maduro no poder durante a votação.

O vice-presidente do Partido Socialista, Diosdado Cabello, figura influente no governo Maduro, refutou na noite de quarta-feira a ideia de que uma eleição presidencial esteja sendo preparada. "Aqui não há eleições presidenciais, aqui o presidente se chama Nicolás Maduro", afirmou Cabello durante uma transmissão televisiva.

A Venezuela está sofrendo um colapso econômico com hiperinflação, que resultou em desnutrição e doenças e desencadeou um êxodo de mais de 4 milhões de venezuelanos. 

Em janeiro, Guaidó invocou a Constituição para declarar a reeleição de Maduro como uma fraude e se declarar presidente interino. Ele obteve forte apoio internacional, mas, em quase seis meses, não conseguiu assumir o comando da Venezuela. As Forças Armadas e outros setores do governo seguem leais a Maduro. 

Nesta quinta-feira (11), os Estados Unidos anunciaram a aplicação de sanções à Direção Geral de Contra-Inteligência Militar (DGCIM) da Venezuela após a morte do militar Rafael Acosta, preso naquele centro sob acusação de conspirar contra Maduro. Há suspeitas de que Acosta morreu após ser torturado.  "A prisão por razões políticas e a morte trágica do capitão Rafael Acosta foram injustificadas e inaceitáveis", disse o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, anunciando a medida. 

As sanções implicam o bloqueio de todos os ativos e inativos que a DGCIM tem direta ou indiretamente sob a jurisdição dos Estados Unidos, bem como a proibição de qualquer transação legal envolvendo indivíduos e entidades americanas.

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